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06/12/2001 - 21h23

UFSCar poderá repor aulas só em 2002

CLAYTON FREITAS
Free-lance para a Folha Ribeirão

A reposição de aulas na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) pode ficar somente para janeiro de 2002. O assunto será discutido em uma assembléia, que será realizada amanhã à tarde.

A paralisação na UFSCar completa 107 dias. Hoje, o Congresso aprovou o projeto de lei concedendo reajuste médio de 13,2% para os professores, medida que poderá significar o final do movimento ainda hoje.

A assembléia de amanhã dos docentes da UFSCar deverá pôr fim à paralisação, sem que haja retorno imediato às aulas.

O adiamento do início da reposição do segundo semestre de 2001 é apoiada pelos alunos. Eles só querem voltar às aulas no dia sete de janeiro de 2002.

Em assembléia realizada na última terça-feira pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes), na qual estiveram presentes cerca de 300 alunos, ficou decidido também que eles iriam reivindicar que os oito dias de aula dados neste ano - entre 13 e 22 de agosto - sejam desconsiderados no novo calendário.

De acordo com Emerson Pires Leal, 54, integrante do comando de greve dos docentes na UFSCar, o assunto começou a ser discutido informalmente entre os professores ontem.

"Na reunião de amanhã a discussão será tratada como uma proposta, estará na pauta da assembléia e será votada pelos docentes", afirmou Leal.

Mesmo que os docentes da UFSCar aprovem a indicação de só voltarem às salas de aula no ano que vem, eles irão precisar da aprovação do Cepe (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) da UFSCar. O Cepe informou, por meio da assessoria de imprensa, que só discutirá o assunto após o comunicado oficial.

Leal afirma que a proposta de repor as aulas somente em 2002 visa manter a qualidade acadêmica, sem prejudicar o conteúdo a ser passado para os alunos.

"Aquilo que foi dado nos oito dias de aula no início do semestre não está mais 'na cabeça' dos alunos. Começar um pouco agora [seriam somente dez dias de aula se a reposição começasse na próxima segunda], depois ter um recesso e voltar só o ano que vem é, do ponto de vista didático, prejudicial", afirma Leal.

O comando nacional de greve informou que a universidade tem autonomia para redefinir o calendário.

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