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25/04/2002 - 11h14

Entenda a resolução 242 e a perspectiva de paz no Oriente Médio

ROBERTO CANDELORI
da Folha de S.Paulo

Reunido em 30 de março, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a Resolução 1.402 exigindo o cessar-fogo imediato e a retirada das tropas israelenses das cidades palestinas, inclusive de Ramallah. Cinco dias depois, sancionou a Resolução 1.403. "Profundamente preocupado com a nova degradação da situação", o Conselho exige a aplicação, sem demora, da Resolução 1.402. Israel criticou o documento por não apontar a "responsabilidade palestina". Kofi Annan, secretário-geral das Nações Unidas, afirmou que Ariel Sharon escolheu o caminho da violência.

Há tempos Israel recusa-se a cumprir as determinações da ONU (Organização das Nações Unidas), inclusive a mais citada delas, a Resolução 242, o que para muitos já teria colocado fim ao conflito. Aprovada em novembro de 1967, após a Guerra dos Seis Dias, essa resolução condenou a aquisição de territórios por meio da guerra e reafirmou a necessidade de uma paz justa. Definiu ainda a desocupação dos territórios da Cisjordânia, da faixa de Gaza, de Jerusalém Oriental, assim como da península do Sinai (Egito) e das colinas de Golã (Síria). Finalmente, determinou o retorno dos refugiados palestinos.

Israel, secundado por Washington, parece não se importar com as decisões do Conselho de Segurança. Tudo indica que as resoluções da ONU não vão ser cumpridas e que vá ser difícil convencer o premiê Ariel Sharon a interromper a expansão dos assentamentos, aceitar os limites territoriais anteriores a 1967 e encontrar uma solução para os refugiados. Sem perspectivas de um cessar-fogo imediato, a violência prossegue. Enquanto as Nações Unidas e a comunidade internacional condenam as atrocidades, o presidente Bush declara que "Sharon é um homem de paz".

Roberto Candelori é coordenador da Cia de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo (Americana)

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