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11/07/2002
-
11h13
da Folha de S.Paulo
Edward Said, destacado escritor palestino, em recente artigo (Mundo, 23/6), afirmou, referindo-se a Ariel Sharon: "Ele quer livrar-se de Iasser Arafat, retalhar a Cisjordânia, dividindo-a em cantões cercados, reinstalar uma autoridade de ocupação (...) e seguir com os assentamentos (...). As eleições, no esquema de Sharon, não têm importância alguma".
Apesar disso, cumprindo as exigências da Casa Branca, a ANP (Autoridade Nacional Palestina) anunciou reformas e eleições presidenciais para janeiro de 2003. Provável candidato, Arafat é considerado o mais confiável para governar, segundo pesquisas.
Ao assumir a direção da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), em 1969, Arafat herdou os territórios da faixa de Gaza, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental _todos sob ocupação militar de Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Ele testemunhou o agravamento da situação dos palestinos que, expulsos do seu território, buscaram abrigo em países vizinhos. Em acampamentos precários, prosseguiam sua luta. Guerrilheiros palestinos ("fedayin") investiam contra Israel. Implacável, o rei Hussein, da Jordânia, decidiu expulsá-los no episódio conhecido como "setembro negro", em 70, causando a morte de milhares de refugiados.
Banidos, buscaram refúgio no Líbano. Mas, no início dos anos 80, momento em que a Intifada ("revolta das pedras") explodia nos territórios ocupados, Israel lançava a "Operação Paz na Galiléia" para expulsar a OLP e os palestinos. Sob o comando do então ministro da Defesa Ariel Sharon, israelenses, aliados às milícias cristãs libanesas, invadiram os campos de Sabra e Chatila e mataram centenas de refugiados.
Atualmente, os palestinos continuam a resistir, lutando pela criação do seu Estado e por uma solução para os quase 3 milhões de refugiados. Mas o que mais desejam é o fim da violência e da ocupação israelense.
Roberto Candelori é coordenador da Cia de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo (Americana)
Leia mais:
História: Entenda a reforma religiosa na Europa ocidental
Geografia: Os domínios dos mares de morros e das pradarias
Física: Entenda os raios, os relâmpagos e os trovões
Português: Aposto explicativo não deve ser confundido com predicativo
Atualidades: Palestinos continuam a luta por um Estado soberano
ROBERTO CANDELORIda Folha de S.Paulo
Edward Said, destacado escritor palestino, em recente artigo (Mundo, 23/6), afirmou, referindo-se a Ariel Sharon: "Ele quer livrar-se de Iasser Arafat, retalhar a Cisjordânia, dividindo-a em cantões cercados, reinstalar uma autoridade de ocupação (...) e seguir com os assentamentos (...). As eleições, no esquema de Sharon, não têm importância alguma".
Apesar disso, cumprindo as exigências da Casa Branca, a ANP (Autoridade Nacional Palestina) anunciou reformas e eleições presidenciais para janeiro de 2003. Provável candidato, Arafat é considerado o mais confiável para governar, segundo pesquisas.
Ao assumir a direção da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), em 1969, Arafat herdou os territórios da faixa de Gaza, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental _todos sob ocupação militar de Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Ele testemunhou o agravamento da situação dos palestinos que, expulsos do seu território, buscaram abrigo em países vizinhos. Em acampamentos precários, prosseguiam sua luta. Guerrilheiros palestinos ("fedayin") investiam contra Israel. Implacável, o rei Hussein, da Jordânia, decidiu expulsá-los no episódio conhecido como "setembro negro", em 70, causando a morte de milhares de refugiados.
Banidos, buscaram refúgio no Líbano. Mas, no início dos anos 80, momento em que a Intifada ("revolta das pedras") explodia nos territórios ocupados, Israel lançava a "Operação Paz na Galiléia" para expulsar a OLP e os palestinos. Sob o comando do então ministro da Defesa Ariel Sharon, israelenses, aliados às milícias cristãs libanesas, invadiram os campos de Sabra e Chatila e mataram centenas de refugiados.
Atualmente, os palestinos continuam a resistir, lutando pela criação do seu Estado e por uma solução para os quase 3 milhões de refugiados. Mas o que mais desejam é o fim da violência e da ocupação israelense.
Roberto Candelori é coordenador da Cia de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo (Americana)
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