Exposição na Folha mostra perfis dos finalistas dos prêmios Empreendor Social e Empreendedor de Futuro
DE SÃO PAULO
| Apu Gomes/Folhapress |
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| Hall de entrada da Folha de S.Paulo |
Até o Natal, funcionários, anunciantes e leitores da Folha de S.Paulo que passarem pelo hall de entrada do jornal terão oportunidade de conhecer um pouco sobre a vida e o trabalho dos seis finalistas do Prêmio Empreendedor Social 2010 e dos quatro finalistas do Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro.
A exposição com os perfis, que inicialmente foi apreciada pelos convidados da premiação, realizada em 25 de novembro, no Masp (Museu de Arte de São Paulo), foi trazida para o jornal. Em seguida, cada um dos finalistas receberá seu painel descritivo para que possa colocar na sede de sua organização.
Com textos de Marlene Peret e fotos de Renato Stockler, é possível desvendar uma parcela do prazer que os finalistas têm com o empreendedorismo social.
Leia abaixo alguns trechos da exposição.
"No início de sua juventude, José Junior (AfroReggae) foi entregador de jornal, taxista e animador de festa. E, de tanto se fantasiar de Batman, acabou incorporando o super-herói. Irreverente e criativo, deu voz e visibilidade aos morros cariocas. Mais do que isso, mostrou para o mundo que a favela não produz só criminosos."
"Como Noel Rosa, Sueli de Lima (Casa da Arte de Educar) também fez o "Feitiço da Vila", para encravar sua pedagogia no Morro de Macacos (Vila Isabel/RJ). A experiência foi tão forte que rendeu quatro livros e oito filmes entalhados pelas próprias mãos de sua gente. Como diz o poeta em sua famosa canção: "Quem nasce lá na Vila/Nem sequer vacila"."
| Apu Gomes/Folhapress |
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| Exposição sobre o Prêmio Empreendedor Social 2010 |
Carlos Zuma (Instituto Noos) é o psicólogo que se apresenta sempre calmo e pronto para receber, de portas abertas, pessoas com graves problemas de violência familiar. Internamente, é inquieto e está sempre formulando conceitos científicos para prevenir ou mitigar os sofrimentos daqueles que praticam ou recebem agressão, seja ela física, seja psicológica."
"Valorizando sua gente e seu patrimônio, Márcia Rolon (Instituto Homem Pantaneiro) preserva a memória pantaneira. Avessa à palavra resgate, porque não acredita na morte de sua cultura, realiza vivências para que a arte do Pantanal perpetue. E, como ela é mais de entregar do que de pedir, afirma feliz: "O Moinho já não é mais meu"."
"Roberto Kikawa (Projeto Cies) é o médico missionário que colocou a saúde sobre rodas para levar tratamento de qualidade às comunidades de baixa renda no Brasil e no exterior. Sua aventura começou logo na infância. Como escoteiro, prestou seus primeiros socorros e descobriu a verdadeira vocação -a medicina.
"Em náutica, o tamanho de um barco é medido pela quantidade de pés, que significam polegadas. Mas, nos veleiros de Axel Grael, o tamanho é medido pelo número de "pés descalços" atendidos, que já somam mais de 10 mil. Muitos deles já têm salário e carteira assinada. Alguns, medalhas no peito, assim como Torben e Lars. E outros são empreendedores sociais, seguindo a onda de Axel, "ONGuerreiro" e um dos fundadores do Instituto Rumo Náutico.
"Ambientalista e pesquisador assumido, Ricardo Cardim criou a ação Amigos das Árvores de São Paulo, blog que trabalha para o resgate da paisagem, visando melhoria da qualidade de vida em cenários urbanos. Com olhar científico no contexto e na formação da cidade, tenta recuperar árvores ou áreas nativas da região para preservar o patrimônio histórico e socioambiental de uma das capitais mais cinzas do planeta, São Paulo."
"Filho de pequenos agricultores, nascido em uma comunidade do semiárido cearense (Monte Alverne, a 110 km de Fortaleza) e apaixonado pelos livros desde criança, Wagner Gomes (Adel) teve a oportunidade, em 2003, de participar do Prece (Programa de Educação em Células), do Instituto Coração de Estudante, que tem forte metodologia preparatória para o vestibular, além de atuar em prol do cooperativismo."
| Apu Gomes/Folhapress |
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| Fachada da Folha de S.Paulo |
"Após oito anos no exterior, Karina Rehavia retornou ao Brasil em 2004 disposta a trabalhar com comunicação. Logo percebeu que a internet abriria infinitas oportunidades ao imenso mercado informal brasileiro. No intuito de contribuir com um mundo rentável e sustentável, idealizou a Ninui, uma plataforma virtual de comércio eletrônico justo que beneficia mais de 1.500 artesãos no país."
"Apaixonado por estudos, Marcelo Mello (Instituto Prove) fez dois doutorados e um pós-doutorado em saúde mental. Hoje, ele se divide entre as pessoas que atende, a carreira de professor e os profissionais que capacita. Todos esses esforços são canalizados para potencializar a cura da sociedade --diagnosticada por ele como "gravemente doente"."
