27/06/2001
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09h22
da Folha Online
Três meses de namoro e nada de sexo. Foi assim que a farmacêutica L.P., 29, começou a desconfiar de que algo estava errado no relacionamento que mantinha com seu psicólogo. "Eu era paciente dele há uns seis meses. A terapia acabou assim que começamos a nos envolver. Saíamos juntos e ficávamos, mas em três meses ele nunca me levou para a cama", afirmou L.P..
Apesar de a situação deixar L.P. insegura, o casal não conversava sobre o assunto. "Eu tentava arranjar desculpas para o que estava acontecendo. Minhas amigas falavam que ele era gay, mas eu achava que era o jeito dele porque era mais velho. Pensava que era só uma maneira diferente de viver. Tentava me aproximar, mas ele não correspondia", disse L.P..
De repente, o relacionamento foi ficando morno, mas mesmo assim a farmacêutica continuou procurando o namorado. "Às vezes eles correspondia, às vezes não. Era uma pessoa ausente."
L.P. decidiu então se afastar para ver o que acontecia. A farmacêutica só "acordou" quando amigo em comum revelou a verdade. "Me ausentei. Desapareci. Comecei a juntar as coisas e sacar o que outras pessoas falavam. Até que um amigo disse que o meu namorado era gay", disse.
Segundo a farmacêutica, o namoro começou por inocência dela. "Comecei a namorar sem saber que ele era gay. Eu não sacava por pura ingenuidade. Até hoje não entendi tudo o que aconteceu", afirmou. "Não me senti enganada. Fiquei mal pela minha ingenuidade."
L.P. conta que teve uma sensação de impotência ao descobrir que a homossexualidade do namorado. "Ai caramba! Senti impotência. Não tenho as mesmas armas porque ele não se envolve com mulher, mas com homem. É outro tipo de sedução. Não sabemos qual é o universo que permeia o relacionamento de dois caras. Como posso competir com um homem?", disse a farmacêutica.
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"Passaram três meses e nada de sexo", conta farmacêutica
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Três meses de namoro e nada de sexo. Foi assim que a farmacêutica L.P., 29, começou a desconfiar de que algo estava errado no relacionamento que mantinha com seu psicólogo. "Eu era paciente dele há uns seis meses. A terapia acabou assim que começamos a nos envolver. Saíamos juntos e ficávamos, mas em três meses ele nunca me levou para a cama", afirmou L.P..
Apesar de a situação deixar L.P. insegura, o casal não conversava sobre o assunto. "Eu tentava arranjar desculpas para o que estava acontecendo. Minhas amigas falavam que ele era gay, mas eu achava que era o jeito dele porque era mais velho. Pensava que era só uma maneira diferente de viver. Tentava me aproximar, mas ele não correspondia", disse L.P..
De repente, o relacionamento foi ficando morno, mas mesmo assim a farmacêutica continuou procurando o namorado. "Às vezes eles correspondia, às vezes não. Era uma pessoa ausente."
L.P. decidiu então se afastar para ver o que acontecia. A farmacêutica só "acordou" quando amigo em comum revelou a verdade. "Me ausentei. Desapareci. Comecei a juntar as coisas e sacar o que outras pessoas falavam. Até que um amigo disse que o meu namorado era gay", disse.
Segundo a farmacêutica, o namoro começou por inocência dela. "Comecei a namorar sem saber que ele era gay. Eu não sacava por pura ingenuidade. Até hoje não entendi tudo o que aconteceu", afirmou. "Não me senti enganada. Fiquei mal pela minha ingenuidade."
L.P. conta que teve uma sensação de impotência ao descobrir que a homossexualidade do namorado. "Ai caramba! Senti impotência. Não tenho as mesmas armas porque ele não se envolve com mulher, mas com homem. É outro tipo de sedução. Não sabemos qual é o universo que permeia o relacionamento de dois caras. Como posso competir com um homem?", disse a farmacêutica.
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