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Técnica recupera a lactação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam aleitamento materno nos primeiros quatro a seis meses do bebê. Ao contrário do que se pensa, mesmo adolescentes e até mulheres desnutridas são capazes de produzir leite com boas características nutricionais. É o próprio bebê que estimula a produção do leite, pois a cada mamada são liberados os hormônios que comandam essa produção.

Mulheres que interrompem a amamentação podem ficar praticamente sem leite, mas o processo é reversível. É possível que elas voltem a amamentar seus filhos, exclusivamente no peito, por meio de técnicas bastante simples.

Esse processo é conhecido como relactação. A cada uma hora, a mãe coloca o bebê para mamar no peito. O estímulo constante da sucção do bebê no peito faz com que a mulher libere maiores quantidades do hormônio prolactina -que estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias.

Depois de uma semana, a produção de leite deve voltar e já em quantidade suficiente para alimentar o bebê exclusivamente com aleitamento materno. Até que isso aconteça, a mãe deve manter o bebê com outras fontes de alimento.

O lado psicológico também é essencial nesse caso. Para se obter um bom resultado é necessário, antes de tudo, se manter tranquila e confiante na técnica. A relactação, no entanto, só é válida se a mãe procurar o pediatra até quatro meses após o parto.

Normalmente, o processo de lactação se dá da seguinte forma:

- As mamas aumentam durante a gestação por ação dos hormônios femininos estrógeno e progesterona (liberados pela placenta);
- Esses mesmos hormônios inibem fortemente a produção de leite durante a gravidez;
- A prolactina (hormônio produzido pela glândula hipófise) estimula a produção de leite. Ela alcança níveis elevados a partir da 5ª semana de gestação mas sua ação é inibida pelo estrógeno e pela progesterona;
- Logo após o parto, cai a inibição do estrógeno e da progesterona e a prolactina faz a mulher produzir grandes quantidade de leite em dois ou três dias;
- Cada vez que a mãe amamenta o filho, impulsos nervosos são enviados para o sistema nervoso central e estimulam a produção de mais prolactina, que prepara o caminho para a próxima mamada;
- A sucção do mamilo estimula a liberação de outro hormônio -a occitocina- que faz o leite ser ''ejetado'' da mama.

Vantagens do leite materno:

- nutriente mais adequado para o bebê
- sua composição se ajusta diariamente
- contém fatores de proteção contra infecções (imunoglobulinas)
- estimula maturação do sistema digestivo da criança
- evita alergias alimentares
- protege contra diarréias
- diminui risco de obesidade no futuro

Vantagens da amamentação:

- não traz custo adicional para mãe
- diminui mortalidade infantil
- reduz risco de desnutrição
- melhora o vínculo entre mãe e bebê
- eficiente método anticoncepcional
- melhor desenvolvimento oral das crianças

Números:

- Seis meses é o tempo recomendado para o aleitamento materno exclusivo
- 49% das mães receberam algum incentivo para amamentar
- 98% das mães estão em condições de amamentar seus filhos logo após o parto



Fonte: The Human Body, Anatomical Chart Series, Fisiologia Humana (Guyton) e Lélia Cardamone Gouvêa (Centro de Referência da Mulher da Secretaria Estadual de Saúde).

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