Rolfing
ensina a poupar energia
e usar o corpo com harmonia
da Folha Online
Cada vez mais
as pessoas procuram métodos alternativos de combater o estresse
crônico, que desestabiliza o organismo deixando-o suscetível
a uma série de doenças.
Uma boa alternativa para combater o estresse crônico e tornar
nosso organismo mais eficiente em termos de aproveitamento de energia
é o método Rolfing. Ainda pouco divulgada no Brasil
_ao todo no país existem apenas 75 "rolfistas",
como são chamados os profissionais que praticam o Rolfing_,
a terapia já conta com mais de um milhão de adeptos
no mundo todo.
Criada na década de 20 pela médica bioquímica
Ida P. Rolf, a técnica ficou conhecida como "Rolfing
Structural Integration" (Integração Estrutural
Rolfing). A base do conceito Rolfing é a relação
entre o corpo e a ação que a gravidade exerce sobre
ele.
Ao longo do tempo, por razões físicas, sociais e emocionais,
nosso corpo assume uma determinada forma física. Muitas vezes,
no entanto, adotamos padrões de movimentos e hábitos
posturais repetitivos que em relação à gravidade
podem causar desconfortos, dores musculares e até influenciar
nosso temperamento.
"Nós temos um sistema de suporte de apoio. Se você
perde um suporte, o corpo acaba compensando de outra forma, comprimindo
órgãos e veias, por exemplo", explica a rolfista
Marcia Cintra, 40. Colocando cada suporte em seu eixo é possível
fazer com que o fluxo de energia caminhe sem obstáculos ou
perdas desnecessárias, o que significa ter uma vida orgânica
mais econômica.
Na prática, o que o Rolfing faz é reestabelecer a
harmonia da estrutura corporal agindo sobre o tecido conjuntivo,
responsável pela anatomia do corpo. "O tecido conjuntivo
é como um envelope do músculo", explica Marcia
Cintra. "O que fazemos é uma manipulação
profunda do tecido conjuntivo." Segundo ela, a técnica
não pode ser chamada de massagem. "A massagem funciona
como um paliativo, enquanto que a idéia principal do Rolfing
é a mudança", diz.
Mesmo sendo uma "manipulação profunda",
o ideal é que o tratamento não seja dolorido. "Mas
como cada um tem um limite para dor diferente do outro, o terapeuta
pode diminuir a pressão dos movimentos quando necessário",
afirma Marcia.
Pesquisas demonstram que, por meio da técnica Rolfing, é
possível adquirir mais flexibilidade dos músculos
e movimentos mais leves, além de conservar a energia do corpo
evitando desgastes e, consequentemente, o estresse. Outro estudo
sobre o tema ainda afirma que o Rolfing estimula as funções
neurológicas.
Tratamento
Normalmente,
o tratamento com o Rolfing demora dez sessões, podendo se
estender por mais duas ou três vezes, dependendo do paciente.
A frequência é de uma ou duas vezs por semana. "As
sessões são diferentes entre si e cada uma serve de
pré-requisito para a outra porque trabalhamos de suporte
em suporte", explica Marcia.
Nas sete
primeiras sessões o profissional lida com tensões
específicas na região lombar, pescoço, joelhos
e costas. Nas demais sessões o profissional trata de reorganizar
e integrar o corpo como um todo, deixando-o alinhado para que aenergia
possa fluir corretamente e o organismo seja curado.
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