Obesidade
infantil atinge 10%
das crianças brasileiras
da Folha Online
A obesidade
infantil já atinge aproximadamente 10% das crianças
brasileiras, segundo afirma o médico-nutricionista Fabio
Ancona Lopez, vice-presidente da Sociedade de Pediatria de São
Paulo. Para prevenir o aumento da população obesa
no país, Ancona aconselha desde o nascimento acompanhamento
alimentar rigoroso na criança.
"É importante que o recém-nascido tome o leite
materno até o sexto mês", disse Ancona. Em caso
de a mãe ficar com carência de leite, recomenda-se
que a mamadeira não tenha alto grau calórico, com
a inclusão, por exemplo, da farinha láctea. Diferente
do leite materno, o leite de vaca usado na mamadeira contém
sódio e gordura em excesso.
Durante o crescimento, aconselha-se que a família também
siga normas alimentares semelhantes às que serão adotadas
para a criança. "Não adianta negar guloseimas
à criança se o adulto come doces a todo momento em
sua frente. O consumo deve ser permitido, sim, mas apenas nas refeições",
diz Ancona.
Ancona também sugere que "a criança não
seja premiada com doces para obter dela alguma atitude do interesse
dos pais".
Em crianças que já sofrem de obesidade, o médico-pediatra
sempre sugerirá uma educação nutricional, nunca
uma dieta. Pesquisas mostram que é importante que o teor
de gordura não ultrapasse 25% a 30% do total da alimentação
da criança. "O acompanhamento médico deve ser
mensal sem prescrição de remédios", acrescenta
Ancona.
De acordo com estudos, 20% das crianças obesas têm
sucesso no tratamento. As chances diminuem à medida em que
o problema persiste na adolescência e na fase adulta. "As
chances diminuem para 50% e até 80% para quem é adulto",
afirma o médico.
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