UE
expressa preocupação com crescimento de transgênicos
da Deutsche
Welle
Expressando
profunda preocupação, a UE (União Européia)
divulgou nesta quinta-feira (20) um relatório onde analisa
o crescimento e a aceitação cada vez maior dos produtos
transgênicos no mundo.
A pesquisa foi apresentada pela diretoria geral de agricultura da
Comissão Européia, que sustenta que neste ano, os
transgênicos ocuparão 42 milhões de hectares
em todo o planeta.
No
ano passado, a área semeada foi de 41,5 milhões de
hectares, o que indicaria que na passagem para 2000, o aumento seria
de meio milhão de hectares. 53% da área total dedicada
aos transgênicos esteve destinada ao plantio da soja, 27%
ao milho e 9% ao algodão.
Segundo
a comissão, é preocupante o aumento da dependência
dos agricultores em relação a um número cada
vez mais limitado de provedores. Além disso, a UE também
se inquieta com a "verticalização" do setor,
ou seja, os acordos entre sociedades de biotecnologia e indústrias
de sementes, como o caso da Monsanto e a Cargill.
A comissão
sustenta que os agricultores europeus poderiam ser "asfixiados"
pelas empresas de distribuição comercial de alimentos
e a indústria biotecnológica, que são "mais
ou menos oligopólios".
As
empresas líderes do ranking de transgênicos são
as norte-americanas Du Pont/Pionner e a Monsanto. Ambas, em 1997,
tiveram vendas de US$ 1,8 bilhão. Em segundo lugar esteve
a Novartis, da Suíça, com US$ 928 milhões.
No
relatório, a comissão afirma que a preocupação
crescente dos cidadãos com os efeitos dos transgênicos
para a saúde é o que está brecando as fusões
entre essas e outras companhias mundiais do setor. Na Europa, os
países que possuem percepções mais positivas
sobre os transgênicos são a Itália, Espanha
e Portugal.
O principal
país com área semeada de produtos modificados geneticamente
são os EUA, com 70% da superfície mundial. Em segundo
lugar está a Argentina, com 14%, e em terceiro o Canadá,
com 9%.
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