Onda
orgânica cresce no Brasil
RODRIGO
DIONISIO
da Folha Online
Agência
Atimo
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Prateleira
de massas do Planet Organic de Londres, o maior supermercado
de produtos limpos da Europa |
Tudo bem, eles
são mais feinhos mesmo, mas ganham cada vez mais o gosto (literalmente)
de consumidores em todo o mundo. Os produtos gerados pela agricultura
orgânica, de tomates a geleias e massas, também estão ampliando seu
espaço no Brasil, estima-se um crescimento de 30% na atividade este
ano (foi de 10% em 1996 e 24% em 1998), e ganharam uma extensa regulamentação
no primeiro semestre do ano passado _clique aqui
para ler a íntegra da legislação.
Para o consumidor final, crescem as possibilidades de compra (veja
lista de postos de venda
em São Paulo), mas os preços continuam salgados. Considera-se aceitável
um acréscimo médio de 30% no valor de compra, em relação aos produtos
comuns, mas chega-se a cobrar de duas a dez vezes mais por um produto
orgânico, principalmente nas grandes redes de supermercados.
A explicação fica por conta da boa e velha lei da oferta e da procura.
O mercado internacional é ávido por orgânicos (2% do PIB alemão
é gerado por eles e, até 2005, 20% das propriedades rurais inglesas
deverão estar destinadas à produção de produtos limpos), e para os
produtores nacionais só vale a pena atender o mercado brasileiro subindo
os preços. E, em alguns casos, nem isso acontece. Por exemplo, toda
a uva orgânica colhida no Brasil é exportada, não sendo possível encontrá-la
em escala comercial no país.
Garantia de qualidade
Mesmo assim, quem pode pagar o preço atesta as inúmeras vantagens
dos alimentos limpos (clique aqui
para saber mais). Para quem quer entrar na onda, é recomendável observar
a procedência dos produtos para não comprar gato por lebre. Sob aprovação
do Ministério da Agricultura, uma série de certificadoras espalhadas
pelo país fiscalizam as etapas da produção orgânica e fornecem seu
selo de qualidade para os produtos.
É importante também lembrar que, nos supermercados, os alimentos orgânicos
não são vendidos a granel, mas embalados, e é aí, na embalagem,
que deve constar o selo de garantia da certificadora. Feiras e sacolões
orgânicos, mesmo quando realizados por produtores, devem exibir em
lugar visível o nome e os dados da certificadora. No Estado de São
Paulo, as duas entidades autorizadas a fiscalizar e certificar a venda
de produtos limpos, atualmente, são a AAO (Associação de Agricultura
Orgânica) e o IBD (Instituto
Biodinâmico).
Fontes utilizadas nesta reportagem:
entrevista com Ricardo Cerveira, diretor de comunicação da AAO, base
de dados da Embrapa (Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e textos da IEA/SP (Instituto
de Economia Agrícola - São Paulo)
Leia
mais:
Conheça
o que pensa quem consome produtos orgânicos
Tira dúvidas:
tudo que você sempre quis saber sobre os alimentos limpos
Saiba onde
comprar
Veja o
que existe sobre o assunto na Internet
Íntegra
da Instrução Normativa nº 7, de 17 de maio de 1999,
que regulamenta a produção e venda dos orgânicos
Vitaminada
Saiba
quem procurar para garantir a qualidade dos alimentos orgânicos
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