A septuagenária N. Sampaio, musicista e compositora que aprendeu a tocar aos cinco anos, faz sessões de musicoterapia há dois anos e meio. Em sua vida já compôs 20 músicas, a maioria de ritmos brasileiros, como bossa nova, instrumental e música popular brasileira.

Sempre interessada em tudo a que se referia à música, por curiosidade foi a um seminário de musicoterapia, em meados de 97. "Gostei e entrei em um grupo que estava se formando com a musicoterapeuta Maristela Smith", afirma.

"As técnicas usadas fizeram que eu extravazasse os problemas do dia-a-dia", explica Sampaio. Durante os anos de casamento relegou a música para segundo plano, mas depois que o seu marido morreu, o seu interesse por ritmos e melodias "renasceu".

De formação clássica em piano, Sampaio teve contato com instrumentos de percussão pela primeira vez. "Foi uma experiência interessante, improvisamos músicas e "conversamos", cada qual tocando o seu instrumento", relata.

Em uma das sessões que mais marcaram Sampaio, ela conta que os olhos dos integrantes do grupo foram vendados enquanto uma música tocava. "Tinhamos que sentir a música e criar uma escultura com a argila", diz.

Sampaio afirma que já estaria com alta, de acordo com a sua musicoterapeuta, mas não pretende sair tão cedo do grupo porque "lida com música o tempo todo". "A musicoterapia aproxima as pessoas e ajuda a enfrentar os problemas", finaliza.

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