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Hormônio melhora capacidades intelectuais na velhice
dda France Presse
Um alto nível de hormônio sexual feminino (estrógeno) no sangue seria
benéfico para a manutenção das capacidades intelectuais das mulheres
de idade avançada, segundo estudo publicado pela revista médica britânica
"The Lancet" em sua edição de 26 de agosto.
O tratamento hormonal da menopausa tem, de acordo com alguns estudos,
efeitos benéficos para o intelecto, e inclusive contra a demência
senil, mas esses efeitos ainda não foram confirmados por outros estudos.
Os especialistas esperam com impaciência os resultados de pesquisas
complementares que estão sendo realizadas atualmente.
A equipe da doutora Kristine Yaffe, da Universidade da Califórnia
(Estados Unidos), considera que os estudos que não encontraram uma
relação entre a taxa de hormônios femininos no sangue e a capacidade
intelectual talvez não tenham medido os hormônios em sua forma realmente
disponível na circulação sanguínea do cérebro.
A doutora Yaffe quis verificar essa hipótese medindo mais precisamente
esses hormônios em 465 mulheres de mais de 65 anos de idade. As capacidades
de 292 delas foram avaliadas durante seis anos.
A análise levou em conta as formas do hormônio natural, chamadas de
"livre" ou "biodisponível", que passam mais facilmente à circulação
cerebral. Os resultados confirmam a hipótese de que as mulheres que
têm concentrações elevadas de estrógenos "endógenos" (produzidos por
seu organismo) têm menos possibilidades que as outras de que sua vivacidade
intelectual diminua com a velhice.
Se a relação entre a diminuição das funções intelectuais (como a capacidade
de aprendizagem e a memória, por exemplo) e um baixo nível do hormônio
feminino (estradiol) for confirmada, seria interessante determinar
quais mulheres com riscos seriam mais beneficiadas por um tratamento
hormonal de "pequenas doses", de acordo com a doutora Tierney.
O objetivo desse tratamento seria o de evitar eventuais efeitos secundários
(como o aumento dos riscos de câncer de mama ou de trombose).
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