MAU HUMOR
Cuidado
com a glândula "esquentadinha"
ADRIANA
RESENDE
da Folha Online
Reprodução
|
|
Partes
do corpo afetadas pelo hipertireoidismo |
Irritação,
mau humor incontrolável, insônia, perda de peso e ansiedade? Parece
que seus olhos estão pulando para fora? Cuidado, se você apresenta
alguns desses sintomas juntos, você pode estar com problemas na glândula
tireóide.
A tireóide é responsável pelo bom funcionamento do metabolismo humano,
por meio dos hormônios que produz. Esses hormônios são popularmente
conhecidos como T3 e T4. Sua disfunção pode causar diferentes tipos
de doença, entre elas, o mau humor crônico.
Estima-se que 5% da população mundial apresente alguma anormalidade
da glândula. As anomalias são mais comuns em mulheres do que em homens.
Mas as alterações de humor – que atingem cerca de 80% das pessoas
com desregulação na tireóide - diferem de acordo com a anormalidade
dos hormônios. Se há uma produção em excesso, o chamado hipertireoidismo,
a pessoa fica mais sensível e irritadiça. O hipotireoidismo, ao contrário,
pode causar apatia e depressão.
Efeitos mais graves ocorrem raramente, em menos de 1% dos casos. Nessas
situações, o paciente pode apresentar sintomas de paranóia e até de
loucura.
O excesso
Hipertireoidismo é uma doença que ocorre devido à produção em excesso
dos hormônios da tireóide, que também pode ocorrer artificialmente,
por meio de doses de medicamentos.
Ele ocorre, geralmente, em dois casos - a hiperfunção difusa (doença
de Basedow-Graves) e os tumores glandulares. Os sintomas são semelhantes.
Podem ocorrer grande excitação, taquicardia, perda de apetite e de
peso, aumento da transpiração. A diferença é que o hipertireoidismo
de origem tumoral não causa saliência dos olhos como acontece na doença
de Basedow-Graves.
Essa anomalia é a forma mais comum de hipertireoidismo. É causada
por problemas com o sistema imunológico e tende a ocorrer na mesma
família. Também podem ocorrer tireoidites, inflamações na glândula,
ou nódulos, que provocam inchaço na região do pescoço.
A frequência do hipertireoidismo é maior em mulheres. A doença afeta
cerca de 2% de todas as mulheres. Isso representa uma incidência entre
cinco e dez vezes maior em mulheres do que em homens. Em geral, a
idade em que a doença surge com mais frequência é dos 30 aos 50 anos.
O tratamento pode ser feito com medicamentos, terapia com iodo radioativo
ou extração parcial da glândula. Quando há um grande crescimento da
glândula, que pode ocorrer em função de pequenos caroços, em geral,
benignos, é aconselhada a cirurgia para a retirada desses nódulos,
se eles não diminuírem com o uso do iodo.
Fontes: Alfredo Halpern, presidente
do Grupo de
Obesidade e Doenças do Metabolismo do Hospital das Clínicas
(HC) e do Hospital Albert Einstein; a endocrinologista Janete Pereira
de Moura (tels. 0/xx/11/257-5461 ou 0/xx/11/484-8511 _aos sábados);
Marcello Bronstein,
endocrinologista e professor livre-docente do HC e da faculdade de
medicina da USP; João Hamilton Romaldini, presidente da Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e coordenador do curso
de pós-graduação em endocrinologia e clínica
médica da PUC-Campinas (tel. 0/xx/11/5051-3999); site da PUC-PR;
site do dr.
Wesley Pereira dos Santos no portal Maringá Saúde;
Clínica
Endocrinologia; e site Saúde
Total
Leia
mais:
Hipotireoidismo
pode causar depressão
"Queria
ficar sozinha, evitava as pessoas"
|
|