Tire suas
dúvidas sobre
os seios de silicone
da Folha Online
Carla
Romero/Folha Imagem
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Patrícia
Santos/Folha Imagem
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Joana
Prado, a Feiticeira, em 1998, antes do implante de silicone
(no alto), e este ano, depois da cirurgia |
Confira
abaixo algumas das principais dúvidas relacionadas ao implante de
silicone nos seios:
1.
Deitar de barriga para baixo pode prejudicar
a prótese ou provocar rompimento?
Não. Quem recebe o implante desenvolve uma vida normal, após o período
de recuperação. Dificilmente será exercida uma pressão sobre a prótese
capaz de rompê-la definitivamente. Estudos com próteses mamárias
demonstram que, mesmo com a pressão do cinto de segurança durante
um acidente automobilístico, é mantida a integridade do implante.
2.
O implante de próteses mamárias é uma cirurgia
"mais tranquila" que outras?
Não. Como em qualquer cirurgia, o paciente sempre estará sujeito
ao risco de certas complicações. No caso dos implantes mamários
os problemas possíveis são: rejeição, endurecimento das mamas no
pós operatório (acontece em aproximadamente 15% das cirurgias),
infecções e surgimento de quelóides (cicatrizes hipertrofiadas)
para quem tem predisposição.
3.
A prótese deve ser trocada a cada dez anos?
Há controvérsias. É possível encontrar quem defenda o uso permanente
da mesma prótese. Especialistas mais precavidos recomendam a troca
a cada dez anos e checagens anuais da integridade do implante. De
uma forma ou de outra, o bom senso indica que, caso seja detectada
alguma suspeita de vazamento ou endurecimento, se procure um médico
o mais rápido possível.
4.
Fazer a cirurgia prejudica a amamentação
ou a sensibilidade dos seios?
Não. A colocação do implante não deve interferir nos nervos do mamilo
ou do seio, portanto não há porque haver perda de sensibilidade.
A técnica de implante também não deve modificar ou lesar os canalículos
que levam o leite materno até o mamilo.
5.
Em caso de vazamento, o silicone vai se
espalhar pelo resto do corpo?
Não. Nas primeiras próteses, com silicone líquido, isso acontecia.
Foram relatados casos de rompimento nos quais o silicone chegou
a se concentrar nos pés das mulheres que sofreram implante. Atualmente,
as próteses são confeccionadas com gel de silicone, que se dispersa
com menos facilidade e no qual existe um sistema de atração de moléculas
(o material do implante se "auto-atrai", mantendo-se coeso). Entretanto,
continua valendo a regra: em caso de suspeita de vazamento, procure
um médico. O contato prolongado do conteúdo da prótese com o organismo
pode provocar fibrose (endurecimento) dos tecidos.
6.
A cirurgia deixa uma cicatriz enorme, em
forma de T invertido sob o mamilo?
Em termos. A cirurgia de implante deixa realmente uma cicatriz.
Entretanto, atualmente são utilizadas mais habitualmente duas formas
de incisão: em volta do mamilo ou nas axilas. No primeiro caso,
a cicatriz fica "disfarçada" na junção da pele do seio com a do
mamilo; na segunda, a marca da cirurgia ficará sob os braços. Nas
duas situações, as cicatrizes só são perceptíveis olhando-se com
muita atenção. É importante ressaltar que, para pessoas com tendência
a desenvolver quelóides, as marcas da cirurgia podem ser mais visíveis
se não houver um acompanhamento correto.
7.
O silicone pode endurecer ou ficar encapsulado
(o organismo gera uma espécie de cápsula rígida, ao redor da prótese)?
Sim. O organismo irá cercar a prótese de qualquer maneira, como
forma de se defender de um corpo estranho. Entretanto, se ela for
colocada sob a musculatura, não será notada a diferença. Quanto
ao endurecimento, é recomendável se informar bem sobre as especifícações
da prótese a ser colocada e as possibilidades de modificações do
material com o tempo.
8.
Existe uma idade mínima para a cirurgia?
Sim. A colocação de próteses só é recomendável a partir dos 17 anos,
com a passagem da puberdade e a formação completa do corpo.
9.
É possível perceber que há uma prótese
no seio, visualmente ou por toque?
Não. Após a acomodação da prótese, não há diferença visual ou tátil
entre um seio com e um sem prótese.
Fontes: Dr.
Marco Flávio Mastrandonakis, diretor responsável pela Clínica
de Dermatoplastia (tel. 0/xx/11/5051-2313), membro da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica e membro do corpo clínico do
Hospital Albert Einstein; Centro
Internacional de Cirurgia Plástica; Clínica
Heller de Cirurgia Plástica; e Clínica
Integrada de Cirurgia Plástica São Paulo
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