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GRAVIDEZ PRECOCE
99,4% das adolescentes conhecem a camisinha

da Folha Online, em Campinas

As duas pesquisas realizadas no Caism (Centro de Atenção Integral à Mulher), da Unicamp, mostram que as adolescentes brasileiras têm informação sobre os riscos do sexo sem preservativo ou métodos de controle de gravidez, mas não utilizam essa informação.

Na primeira pesquisa, feita entre 1978 e 1979, 91% das adolescentes entrevistadas afirmaram que conheciam a pílula anticoncepcional e 12%, o preservativo. Hoje, de acordo com os dados da nova pesquisa, 98% das adolescentes sabem da existência da pílula e 99,4% já ouviram falar ou conhecem a camisinha.

Na pesquisa que está sendo feita pelo ginecologista e obstetra Márcio Belo, como tese de mestrado, orientada pelo diretor do Departamento de Tocoginecologia do Caism, João Luiz Pinto e Silva, que coordenou a primeira pesquisa na década de 80, foram entrevistadas entre outubro de 1999 a agosto de 2000, 156 adolescentes que procuraram atendimento no Ambulatório de Pré-Natal de Adolescentes da universidade.

Em 1978/79 foram entrevistadas 122 garotas com idade entre 10 e 19 anos. Nas duas pesquisas as entrevistadas são de classe média baixa, público alvo do centro de atendimento da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Ao mesmo tempo em que o conhecimento aumentou, o número de adolescentes que referiram-se à gravidez como indesejável caiu. Na primeira pesquisa, 52,5% declararam a gravidez indesejada. Hoje, 24,5% das adolescentes afirmam que não desejavam ter os filhos.

Esses números de gravidez indesejada serão objeto de estudo científico. "Ainda temos que analisar a condição atual da adolescente grávida. Temos que ter em mente que elas já estão grávidas, e que as respostas podem ser influenciadas por uma série de fatores", observa Silva.

A baixa escolaridade também é apontada nas pesquisas como incentivo à gravidez na adolescência. Dentre as entrevistadas da pesquisa atual, os pais de 5,1% são analfabetos e de 57% têm apenas o ensino fundamental. Entre as mães das adolescentes o analfabetismo chega a 10,3% contra 71,1% com ensino fundamental.

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