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02/06/2002
-
19h20
LUCIANA COELHO
da Folha Online
Geralmente esquecidas ou ofuscadas por imagens caricatas, as lésbicas abriram hoje a 6ª Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros) com uma participação maior do que nas edições anteriores.
Para Cíntia, 21, que participa de três listas de discussão de lésbicas na internet, isso aconteceu porque as mulheres estão mais organizadas neste ano. "Houve uma preparação maior. Teve carro só de meninas e várias reuniões antes", disse Cíntia.
Esta edição da parada foi aberta por um grupo de lésbicas motociclistas da Associação de Mulheres que Amam Mulheres (Amam). Um trio elétrico formado apenas por mulheres prestou homenagens à cantora Cássia Eller, morta no ano passado, e à escritora Cassandra Rios.
Apesar de a participação feminina ter sido maior nesta edição, as lésbicas presentes ainda acham que é mais difícil para a mulher assumir sua homossexualidade do que para o homem.
"Todas as amigas que eu chamei para vir à parada não quiseram. Inventaram uma desculpa ou ficaram com vergonha", disse Márcia Morelli, 35. "A mulher tem mais preconceito em relação a si mesma."
Deca Junqueira, 27, namorada de Márcia, acha que apesar de o evento ter sido bem recebido, a discriminação aos homossexuais ainda é grande.
"Eu venho à parada desde que começou e cada vez tem mais gente. Mesmo assim, a realidade é diferente dentro e fora do cordão de isolamento. Do lado de dentro não tem problema nenhum, mas é só você sair que muita gente te agride. As pessoas que aplaudiram e soltaram rojões na avenida Paulista são as mesmas que vão te discriminar", disse Deca.
As namoradas acham que o fato de as lésbicas serem menos caricaturadas pela mídia do que os gays, mascara as relações e dificulta a "saída do armário".
"O povo só gosta de gay quando é caricato", disse Márcia.
Leia mais
Especial da Parada Gay
Presença de lésbicas na parada aumenta, mas preconceito é grande
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da Folha Online
Geralmente esquecidas ou ofuscadas por imagens caricatas, as lésbicas abriram hoje a 6ª Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros) com uma participação maior do que nas edições anteriores.
Para Cíntia, 21, que participa de três listas de discussão de lésbicas na internet, isso aconteceu porque as mulheres estão mais organizadas neste ano. "Houve uma preparação maior. Teve carro só de meninas e várias reuniões antes", disse Cíntia.
Esta edição da parada foi aberta por um grupo de lésbicas motociclistas da Associação de Mulheres que Amam Mulheres (Amam). Um trio elétrico formado apenas por mulheres prestou homenagens à cantora Cássia Eller, morta no ano passado, e à escritora Cassandra Rios.
Apesar de a participação feminina ter sido maior nesta edição, as lésbicas presentes ainda acham que é mais difícil para a mulher assumir sua homossexualidade do que para o homem.
"Todas as amigas que eu chamei para vir à parada não quiseram. Inventaram uma desculpa ou ficaram com vergonha", disse Márcia Morelli, 35. "A mulher tem mais preconceito em relação a si mesma."
Deca Junqueira, 27, namorada de Márcia, acha que apesar de o evento ter sido bem recebido, a discriminação aos homossexuais ainda é grande.
"Eu venho à parada desde que começou e cada vez tem mais gente. Mesmo assim, a realidade é diferente dentro e fora do cordão de isolamento. Do lado de dentro não tem problema nenhum, mas é só você sair que muita gente te agride. As pessoas que aplaudiram e soltaram rojões na avenida Paulista são as mesmas que vão te discriminar", disse Deca.
As namoradas acham que o fato de as lésbicas serem menos caricaturadas pela mídia do que os gays, mascara as relações e dificulta a "saída do armário".
"O povo só gosta de gay quando é caricato", disse Márcia.
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Especial da Parada Gay
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