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06/06/2002
-
08h25
da Folha de S.Paulo
Durante anos a fio, um paciente do psicoterapeuta Oswaldo Rodrigues se recusou a entrar em consultório de dentista. Seu fetiche por cadeira de consultório dentário era tamanho que ele sofria muito vendo as pessoas saírem de lá, imaginando que elas haviam sentado naquela cadeira. Ele morria de ciúmes dela, o seu grande objeto de fetiche.
A fixação pelo objeto levou esse paciente a colecionar fotos de cadeiras de dentista e de outras semelhantes, como as de salão de cabeleireiro, publicadas em revistas.
Os exemplos de casos patológicos são bastante variados: homens que só conseguem fazer sexo usando roupas femininas (o chamado travestismo fetichista, comportamento cada vez mais comum no Brasil, segundo o psicólogo Oswaldo Rodrigues), pessoas que evitam o contato pessoal, pois se contentam em alcançar orgasmo por meio de objetos, ou ainda os que não se importam com o parceiro, só com uma parte do corpo do companheiro (ou companheira).
"O fetichismo, enquanto desvio sexual, implica não poder variar o objeto de amor. A pessoa sente-se doente sem seu querido objeto; desamparada, sente-se compelida, impulsionada a buscar seu objeto obsessivamente", conta Rodrigues em seu livro "Objetos do Desejo" (ed. Rocco).
O fetiche patológico atinge uma mulher para cada 20 homens, diz o psiquiatra Giancarlo Spizzirri, do ProSex (USP). É comum surgir em pessoas muito tímidas e com dificuldade de se relacionar, "que acabam direcionando seu prazer exclusivamente a objetos", ou entre aquelas que, na infância ou adolescência, foram muito reprimidas sexualmente.
Se, por mais de seis meses, o indivíduo mantiver uma atitude fetichista como única forma de prazer, ele deve procurar orientação, diz Spizzirri.
O fetichismo pode ainda surgir associado a transtornos de origem neurológica. "Nesses casos, a pessoa deve fazer uma investigação profunda de seu estado físico e mental", avisa o médico.
Leia mais:
Fetiches podem ser saudáveis ao relacionamente ou virar doença
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Durante anos a fio, um paciente do psicoterapeuta Oswaldo Rodrigues se recusou a entrar em consultório de dentista. Seu fetiche por cadeira de consultório dentário era tamanho que ele sofria muito vendo as pessoas saírem de lá, imaginando que elas haviam sentado naquela cadeira. Ele morria de ciúmes dela, o seu grande objeto de fetiche.
A fixação pelo objeto levou esse paciente a colecionar fotos de cadeiras de dentista e de outras semelhantes, como as de salão de cabeleireiro, publicadas em revistas.
Os exemplos de casos patológicos são bastante variados: homens que só conseguem fazer sexo usando roupas femininas (o chamado travestismo fetichista, comportamento cada vez mais comum no Brasil, segundo o psicólogo Oswaldo Rodrigues), pessoas que evitam o contato pessoal, pois se contentam em alcançar orgasmo por meio de objetos, ou ainda os que não se importam com o parceiro, só com uma parte do corpo do companheiro (ou companheira).
"O fetichismo, enquanto desvio sexual, implica não poder variar o objeto de amor. A pessoa sente-se doente sem seu querido objeto; desamparada, sente-se compelida, impulsionada a buscar seu objeto obsessivamente", conta Rodrigues em seu livro "Objetos do Desejo" (ed. Rocco).
O fetiche patológico atinge uma mulher para cada 20 homens, diz o psiquiatra Giancarlo Spizzirri, do ProSex (USP). É comum surgir em pessoas muito tímidas e com dificuldade de se relacionar, "que acabam direcionando seu prazer exclusivamente a objetos", ou entre aquelas que, na infância ou adolescência, foram muito reprimidas sexualmente.
Se, por mais de seis meses, o indivíduo mantiver uma atitude fetichista como única forma de prazer, ele deve procurar orientação, diz Spizzirri.
O fetichismo pode ainda surgir associado a transtornos de origem neurológica. "Nesses casos, a pessoa deve fazer uma investigação profunda de seu estado físico e mental", avisa o médico.
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