Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/01/2003 - 08h07

Acompanhante na terceira idade gera sensação de confiança

Publicidade

da Folha de S.Paulo

Uma senhora, recuperando-se de uma fratura, disse ao seu cuidador que o médico já a havia autorizado a pôr os pés no chão. Desconfiado, o cuidador ligou para o consultório e descobriu: ela precisava ficar mais um mês "de molho".

Quando conta essa história, a geriatra Maristela Soubline, da Conte Comigo, empresa de acompanhamento para idosos, exemplifica o papel do cuidador na manutenção da qualidade de vida de pessoas na terceira idade.

Cerca de 70% das pessoas com mais de 60 anos que contratam um cuidador são portadoras de doenças crônicas ou sofreram problemas neurológicos que deixaram sequelas. Mas cresce o número dos que procuram esse serviço porque querem mais segurança e mais mobilidade no dia-a-dia.

"Nosso objetivo é atenuar problemas e dificuldades", diz Soubline. Para a fisioterapeuta Mônica Berrafini, diretora da GeroCare, "a intenção é oferecer um envelhecimento ativo, a despeito das doenças comuns a pessoas dessa faixa etária".

"A gente não pode sair sozinha tendo limitações. Desde que meu filho contratou um acompanhante, sinto-me mais segura para realizar as coisas", diz a dona-de-casa Wally Yalenti, 74, que conta com o apoio de um cuidador durante seis horas por dia.

O aposentado Antonio Nunes, 77, contratou um cuidador há um mês. "Solidão não é problema", diz ele. "Optei por esse serviço para passear com mais tranquilidade. Se eu passar mal, sei que há alguém capacitado para me ajudar."

Empresas que oferecem esse serviço possuem uma equipe multidisciplinar, formada por geriatras, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e enfermeiros.

Antes de iniciar o contato com o cuidador, o paciente passa por uma grande consulta, com pelos menos dois profissionais, que vão perguntar sobre seus hábitos de vida, quais medicamentos toma, as doenças que possui etc. A família também é entrevistada. Faz parte da função do cuidador emitir relatórios -tanto para a família como para o médico- sobre a evolução cognitiva, física e emocional do paciente.

Tecnologia e comodidade

Logo que a gerontóloga Ana Fraiman, 56, soube que o sistema eletrônico de vigilância AlôHelp havia chegado ao Brasil, ela encomendou um para sua mãe, a aposentada Ruchla Perwin, 80. Perwin mora com uma empregada doméstica, tem diabetes, sofre com oscilações de pressão e foi vítima de duas quedas no ano passado. "Estou mais tranquila. Se algo acontecer, minha mãe vai poder solicitar socorro rapidamente", diz Fraiman.

O AlôHelp foi lançado no mercado brasileiro em novembro do ano passado. O idoso usa um sensor, em forma de relógio ou colar, com botões de emergência que podem ser acionados caso ele tenha algum problema.

Quando o sensor é acionado, o aparelho estabelece automaticamente comunicação com uma central de monitoramento que funciona 24 horas por dia. Essa central dispõe de um prontuário médico completo de cada assinante e de orientações familiares e está capacitada para adotar o procedimento mais adequado para aquela emergência.

Outro serviço que desperta o interesse de idosos, porque facilita a rotina do acompanhamento médico, é a coleta domiciliar oferecida por grandes laboratórios de análises clínicas. No Campana, por exemplo, das 1.325 coletas domiciliares realizadas por mês, 80% são solicitadas por pessoas com mais de 60 anos. Já no Fleury, esse percentual atinge 45%.

Conte Comigo: tel. 0/xx/11/3266-5456; GeroCare: tel. 0/xx/11/5549-8506; Centro Integrado de Atendimento ao Idoso: tel. 0/xx/11/3031-8088; AlôHelp: tel. 0/xx/11/3868-3885; Campana: tel. 0/ xx/11/3887-9722; Fleury: tels. 0/xx/11/ 3179-0822 e 0800-7040822

Leia mais:

  • Empresas oferecem serviços que dão liberdade para maiores de 60

  • Dentistas se especializam em tratamentos para idosos

  • Agência oferece passeios sem limite de idade

  • Malhação para idosos ganha trilha sonora com violinos


  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página