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01/05/2003
-
08h06
da Folha de S.Paulo
Foi no começo dos anos 90 que começaram a ser veiculados anúncios imobiliários que vendiam a vantagem de se morar num imóvel com lazer à disposição para toda a família, evitando assim o inconveniente de o morador ter de sair de casa e se expor à violência urbana.
Depois o item segurança entrou de sola nos requisitos básicos para se morar bem. "Lazer e segurança para garantir a sua qualidade de vida e de toda a sua família", diziam anúncios de 1995.
No final da década de 90 e início do ano 2000, o conceito de liberdade é que passou a ter destaque. Exemplo de anúncio: "Uma quadra inteira de espaço, liberdade e segurança". Liberdade demarcada? Essa proposta é das mais correntes hoje, segundo a professora de arquitetura Sônia Ferraz.
Junto com alunos de arquitetura da Universidade Federal Fluminense, ela fez uma análise de propagandas de imobiliárias divulgadas entre 1992 e 2002.
"A cultura do medo foi sendo gradativamente introduzida como elemento para atrair o comprador. Quanto mais elementos de proteção as imobiliárias oferecem, mais dão a idéia de que a violência aumenta e é ameaçadora", diz Ferraz.
"Se não vender essa imagem de segurança, o projeto pode não decolar", diz Silvia Mikami Pina, coordenadora do curso de arquitetura e urbanismo da Unicamp.
Na Abyara Planejamento Imobiliário, todos os empreendimentos possuem algum tipo de segurança. "A segurança hoje é um item básico e essencial; se não vendemos segurança, não vendemos imóvel", diz Rogério Santos, diretor de marketing da empresa.
A forma de apresentar os serviços também mudou, diz Ferraz. Primeiro, itens como portões automáticos, guarita de segurança, monitoramento por circuito fechado de TV e vigias eram listados nas propagandas.
Depois, os ícones de segurança passaram a integrar a planta do imóvel, como o desenho das câmeras e dos portões automáticos. Hoje é comum o anúncio trazer a marca do fornecedor de elevador, de louças sanitárias, de fechaduras e de cerâmicas junto com o logotipo da empresa de segurança.
"Já virou grife. Nem é preciso listar ou desenhar os elementos na planta. Basta colocar o selo da empresa de segurança", diz Ferraz.
Leia mais:
"Arquitetura do medo" isola cidadão e provoca fobia social
Conheça alguns recursos de segurança
Segurança é requisito na escolha do imóvel
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Foi no começo dos anos 90 que começaram a ser veiculados anúncios imobiliários que vendiam a vantagem de se morar num imóvel com lazer à disposição para toda a família, evitando assim o inconveniente de o morador ter de sair de casa e se expor à violência urbana.
Depois o item segurança entrou de sola nos requisitos básicos para se morar bem. "Lazer e segurança para garantir a sua qualidade de vida e de toda a sua família", diziam anúncios de 1995.
No final da década de 90 e início do ano 2000, o conceito de liberdade é que passou a ter destaque. Exemplo de anúncio: "Uma quadra inteira de espaço, liberdade e segurança". Liberdade demarcada? Essa proposta é das mais correntes hoje, segundo a professora de arquitetura Sônia Ferraz.
Junto com alunos de arquitetura da Universidade Federal Fluminense, ela fez uma análise de propagandas de imobiliárias divulgadas entre 1992 e 2002.
"A cultura do medo foi sendo gradativamente introduzida como elemento para atrair o comprador. Quanto mais elementos de proteção as imobiliárias oferecem, mais dão a idéia de que a violência aumenta e é ameaçadora", diz Ferraz.
"Se não vender essa imagem de segurança, o projeto pode não decolar", diz Silvia Mikami Pina, coordenadora do curso de arquitetura e urbanismo da Unicamp.
Na Abyara Planejamento Imobiliário, todos os empreendimentos possuem algum tipo de segurança. "A segurança hoje é um item básico e essencial; se não vendemos segurança, não vendemos imóvel", diz Rogério Santos, diretor de marketing da empresa.
A forma de apresentar os serviços também mudou, diz Ferraz. Primeiro, itens como portões automáticos, guarita de segurança, monitoramento por circuito fechado de TV e vigias eram listados nas propagandas.
Depois, os ícones de segurança passaram a integrar a planta do imóvel, como o desenho das câmeras e dos portões automáticos. Hoje é comum o anúncio trazer a marca do fornecedor de elevador, de louças sanitárias, de fechaduras e de cerâmicas junto com o logotipo da empresa de segurança.
"Já virou grife. Nem é preciso listar ou desenhar os elementos na planta. Basta colocar o selo da empresa de segurança", diz Ferraz.
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