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01/07/2003 - 03h39

Encontro define como tratar disfunção erétil

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AURELIANO BIANCARELLI
da Folha de S.Paulo, em Paris

Nas histórias do cinema, no olhar dos artistas e no imaginário dos apaixonados, Paris é a cidade do amor. Nos últimos dias, Paris se transformou numa espécie de capital da impotência. Especialistas de todos os continentes reuniram-se no Palais des Congrès para decidir o 2º Consenso Internacional em Disfunção Erétil e Sexual, que termina hoje.

O verão e as férias estão começando e a cidade se agita cheia de turistas. De dia, todos parecem jovens e bonitos. À noite, todos querem ser tentadores, eles e elas. Difícil, nesse cenário, imaginar mais de 200 representantes de sociedades de urologia e impotência --com apoio da Organização Mundial da Saúde-- dedicando-se a estabelecer as "condutas para o tratamento da disfunção erétil".

Mas os números parecem convincentes. Os que sofrem de impotência, que eram 152 milhões em 1995, serão 322 milhões em 2025. Um salto por conta do envelhecimento da população, mas especialmente por conta do aumento de diabéticos, de obesos, da depressão, dos medicamentos, do estresse, do álcool e do cigarro.

Os números foram comentados na sexta, quando os laboratórios Bayer-GSK apresentaram estudos sobre o comportamento sexual do homem e sua nova droga, o Levitra (verdenafil). O encontro foi na Maison de la Chimie. A menos de 300 m, visitantes faziam fila para observar as obras do Museu Rodin, autor de "O Beijo".

Nem os médicos discordam de que o cenário pode ajudar, especialmente porque a maioria dos casos de disfunção erétil é psicogênico, não físico.

O 1º consenso internacional também foi em Paris, em 99. "Naquela época, o Viagra (sildenafil), a primeira droga oral para disfunção erétil, tinha acabado de chegar na Europa e em alguns poucos países", diz o urologista Sidnay Glina, ex-presidente da Issir, Sociedade Internacional para o Estudo da Sexualidade e Impotência. Os EUA e alguns outros países já têm seus próprios consensos sobre disfunção erétil. O Brasil, por exemplo, já fez o primeiro e o segundo. "As conclusões deste atual consenso devem estabelecer as condutas internacionais para os próximos anos", diz Glina.

Os temas foram distribuídos para 16 grupos de especialistas de vários países. Glina está no grupo que define como devem ou podem ser as pesquisas no campo da ejaculação precoce. Carmita Abdo, do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas, participa do grupo que definirá condutas clínicas para a ejaculação precoce.

Além de novas drogas como o vardenafil e o tadalafil (Cialis), o 2º consenso de Paris está levando em maior consideração os prejuízos que a disfunção sexual causa na qualidade de vida das pessoas. Entre os aspectos novos estão o papel da companheira, a ética e os aspectos econômicos.
 

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