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05/10/2003
-
05h28
da Folha de S.Paulo
Começou no dia 1º, na quarta-feira passada, a 12ª Semana Mundial do Aleitamento Materno, evento que ocorre em mais de cem países para ressaltar a importância da amamentação.
Para tirar as dúvidas mais comuns, a Folha ouviu a representante de São Paulo na comissão nacional dos bancos de leite, Maria José Guardia Matttar. No total, o Estado tem 48 bancos, que no ano passado coletaram pouco mais de 28 mil litros de leite. Desses, 22 ficam na Grande São Paulo e 26 no interior. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, em 2002 quase 20 mil que não podiam amamentar foram beneficiadas.
Mattar explica a importância da amamentação e conta que, desde 2001, um serviço em conjunto com o Corpo de Bombeiros já coleta leite materno de porta em porta --o que é prejudicado, principalmente, pelo trânsito. Leia abaixo trechos da entrevista.
Folha - Quem pode doar?
Maria José Guardia Matttar - Mulheres que estão amamentando e são saudáveis, que não estão em tratamento de nenhum tipo de doença, porque esses medicamentos podem ser passados pelo leite. Para o seu filho, na maioria das vezes isso não vai causar nenhum transtorno. Porém, quando ela doa, quem geralmente vai receber esse leite são bebês prematuros, bebês doentes. Mas a partir do fim da medicação ela pode voltar a ser doadora.
Folha - A mãe que doa o leite de alguma forma prejudica o filho?
Mattar - Não. Para ser doadora, a mãe tem de estar amamentando o filho. Muitas mães produzem um volume muito grande, além da necessidade do bebê.
Folha - E de quanto leite precisa?
Mattar - Isso é muito relativo. Há muitos bebês prematuros, alguns com menos de mil gramas, que permanecem internados por dois ou três meses.
A gente então faz um trabalho com a própria mãe, de orientação. Nós guardamos esse leite, ele passa por todo o processo de esterilização e é congelado e reservado para, a partir do momento em que aquele bebê puder receber leite, ele ter o primeiro leite que estaria mamando caso ele pudesse ter mamado quando nasceu.
Folha - Quais os problemas de a criança não receber esse leite?
Mattar - Como nós somos mamíferos, cada espécie produz um leite para sua cria. A baleia, por exemplo, como vive em uma água mais gelada, produz um leite que tem muito mais gordura. Com o leite materno, o bebê tem os benefícios nutricionais, os imunológicos e o afetivo, porque o contato com a pele [na hora de mamar] também dá mais segurança.
Campanha mundial incentiva amamentação e doação de leite
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Começou no dia 1º, na quarta-feira passada, a 12ª Semana Mundial do Aleitamento Materno, evento que ocorre em mais de cem países para ressaltar a importância da amamentação.
Para tirar as dúvidas mais comuns, a Folha ouviu a representante de São Paulo na comissão nacional dos bancos de leite, Maria José Guardia Matttar. No total, o Estado tem 48 bancos, que no ano passado coletaram pouco mais de 28 mil litros de leite. Desses, 22 ficam na Grande São Paulo e 26 no interior. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, em 2002 quase 20 mil que não podiam amamentar foram beneficiadas.
Mattar explica a importância da amamentação e conta que, desde 2001, um serviço em conjunto com o Corpo de Bombeiros já coleta leite materno de porta em porta --o que é prejudicado, principalmente, pelo trânsito. Leia abaixo trechos da entrevista.
Folha - Quem pode doar?
Maria José Guardia Matttar - Mulheres que estão amamentando e são saudáveis, que não estão em tratamento de nenhum tipo de doença, porque esses medicamentos podem ser passados pelo leite. Para o seu filho, na maioria das vezes isso não vai causar nenhum transtorno. Porém, quando ela doa, quem geralmente vai receber esse leite são bebês prematuros, bebês doentes. Mas a partir do fim da medicação ela pode voltar a ser doadora.
Folha - A mãe que doa o leite de alguma forma prejudica o filho?
Mattar - Não. Para ser doadora, a mãe tem de estar amamentando o filho. Muitas mães produzem um volume muito grande, além da necessidade do bebê.
Folha - E de quanto leite precisa?
Mattar - Isso é muito relativo. Há muitos bebês prematuros, alguns com menos de mil gramas, que permanecem internados por dois ou três meses.
A gente então faz um trabalho com a própria mãe, de orientação. Nós guardamos esse leite, ele passa por todo o processo de esterilização e é congelado e reservado para, a partir do momento em que aquele bebê puder receber leite, ele ter o primeiro leite que estaria mamando caso ele pudesse ter mamado quando nasceu.
Folha - Quais os problemas de a criança não receber esse leite?
Mattar - Como nós somos mamíferos, cada espécie produz um leite para sua cria. A baleia, por exemplo, como vive em uma água mais gelada, produz um leite que tem muito mais gordura. Com o leite materno, o bebê tem os benefícios nutricionais, os imunológicos e o afetivo, porque o contato com a pele [na hora de mamar] também dá mais segurança.
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