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09/09/2004
-
08h31
da Folha de S.Paulo
Estimular uma segunda opinião favorece a relação médico-paciente, é no que acredita a maioria dos 151 médicos que participaram da "1ª Pesquisa sobre Bioética - Segunda Opinião", coordenada pelo cardiologista Max Grinberg, chefe do Comitê de Bioética do Incor (Instituto do Coração).
O estudo qualitativo, que deve ser publicado nos próximos meses, foi realizado no Hospital das Clínicas (SP) com médicos com, pelo menos, 15 anos de formados. "Com esse estudo estamos querendo determinar uma identidade bioética dos médicos do HC/Incor", explica Grinberg, para quem os médicos atualmente estão menos resistentes à segunda opinião, encarando-a de maneira mais positiva.
A maioria dos médicos entrevistados já solicitou uma segunda opinião, revê o quadro clínico do paciente quando ela é divergente da sua e também não se ofende quando o paciente verbaliza a intenção de procurar outro médico (e nem quando o paciente retorna à consulta com uma segunda opinião sem antes ter avisado). "A segunda opinião expande os limites da comunicação equipe-família, pois acrescenta mais médicos e mais interlocutores em nome do paciente abalado", diz Grinberg.
A maioria dos profissionais acredita que o que mais leva o paciente a procurar uma segunda opinião é a demonstração de insegurança do médico e que o principal fator desencadeante surge quando o tratamento não está dando certo.
De acordo com Grinberg, ainda que a consagração do termo segunda opinião tenha se fortalecido com base em uma iniciativa do paciente, os próprios médicos estimulam-no a procurar outro profissional. Comentar os casos com colegas também é comum, "mais formalmente, por um telefonema, ou informalmente, no corredor ou durante o cafezinho".
O importante, para Grinberg, é saber que "ter dúvidas sobre uma recomendação médica não é exatamente antagônico a ter confiança no seu médico e que a pluralidade contribui para evitar negligências e imprudências, duas graves infrações éticas".
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Leia o que já foi publicado sobre a relação médico-paciente
Pesquisa diz que segunda opinião é mais aceita
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Estimular uma segunda opinião favorece a relação médico-paciente, é no que acredita a maioria dos 151 médicos que participaram da "1ª Pesquisa sobre Bioética - Segunda Opinião", coordenada pelo cardiologista Max Grinberg, chefe do Comitê de Bioética do Incor (Instituto do Coração).
O estudo qualitativo, que deve ser publicado nos próximos meses, foi realizado no Hospital das Clínicas (SP) com médicos com, pelo menos, 15 anos de formados. "Com esse estudo estamos querendo determinar uma identidade bioética dos médicos do HC/Incor", explica Grinberg, para quem os médicos atualmente estão menos resistentes à segunda opinião, encarando-a de maneira mais positiva.
A maioria dos médicos entrevistados já solicitou uma segunda opinião, revê o quadro clínico do paciente quando ela é divergente da sua e também não se ofende quando o paciente verbaliza a intenção de procurar outro médico (e nem quando o paciente retorna à consulta com uma segunda opinião sem antes ter avisado). "A segunda opinião expande os limites da comunicação equipe-família, pois acrescenta mais médicos e mais interlocutores em nome do paciente abalado", diz Grinberg.
A maioria dos profissionais acredita que o que mais leva o paciente a procurar uma segunda opinião é a demonstração de insegurança do médico e que o principal fator desencadeante surge quando o tratamento não está dando certo.
De acordo com Grinberg, ainda que a consagração do termo segunda opinião tenha se fortalecido com base em uma iniciativa do paciente, os próprios médicos estimulam-no a procurar outro profissional. Comentar os casos com colegas também é comum, "mais formalmente, por um telefonema, ou informalmente, no corredor ou durante o cafezinho".
O importante, para Grinberg, é saber que "ter dúvidas sobre uma recomendação médica não é exatamente antagônico a ter confiança no seu médico e que a pluralidade contribui para evitar negligências e imprudências, duas graves infrações éticas".
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