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09/09/2004
-
08h48
MARCOS DÁVILA
da Folha de S.Paulo
O mercado brasileiro acaba de ganhar um medicamento mais eficiente no combate à artrose (uma afecção degenerativa das articulações). Fabricado pelo laboratório Aché, o remédio faz a associação de duas substâncias que contribuem fortemente para a reconstituição de cartilagens: os sulfatos de glicosamina e de condroitina.
"A glicosamina é analgésica e protege a cartilagem. Ela ajuda a melhorar a qualidade do líquido sinovial, que a nutre e a mantém viva. A condroitina tem ação antiinflamatória", afirma Ricon Jr., do Centro Ortopédico de Ipanema (RJ). De acordo com ele, o uso combinado dessas duas substâncias já era usado no país há mais de dez anos, mas sempre obtidos por meio de farmácias de manipulação.
Segundo o especialista, a combinação tem resultados muito positivos, mas os benefícios não são imediatos. "Geralmente, os efeitos podem demorar de seis a oito semanas para aparecer", afirma.
A vantagem do novo medicamento, segundo o reumatologista Sebastião Radominski, professor e chefe de Reumatologia na Universidade Federal do Paraná, é a possibilidade de "diminuir ou até frear o processo de degeneração". "Agora temos a opção de interferir no curso da doença", diz.
Diferentemente do que muita gente pensa, a artrose não é uma doença que aparece somente na terceira idade. É verdade que a incidência maior acontece após os 70 anos, mas também há jovens com dores nas "juntas" e dificuldades de movimentos relacionados às inflamações nessas cartilagens.
Para Ricon Jr., obesidade e práticas esportivas que exigem demasiadamente das articulações, como futebol e atletismo, podem acelerar a ocorrência da enfermidade em jovens e adultos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, a artrose atinge cerca de 10% da população mundial, e a incidência aumenta com o passar da idade. Em pessoas com mais de 70 anos, a evidência da doença chega a 85%, sendo que metade delas não sente dores.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre artrose
Novo medicamento ajuda a combater artrose
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da Folha de S.Paulo
O mercado brasileiro acaba de ganhar um medicamento mais eficiente no combate à artrose (uma afecção degenerativa das articulações). Fabricado pelo laboratório Aché, o remédio faz a associação de duas substâncias que contribuem fortemente para a reconstituição de cartilagens: os sulfatos de glicosamina e de condroitina.
"A glicosamina é analgésica e protege a cartilagem. Ela ajuda a melhorar a qualidade do líquido sinovial, que a nutre e a mantém viva. A condroitina tem ação antiinflamatória", afirma Ricon Jr., do Centro Ortopédico de Ipanema (RJ). De acordo com ele, o uso combinado dessas duas substâncias já era usado no país há mais de dez anos, mas sempre obtidos por meio de farmácias de manipulação.
Segundo o especialista, a combinação tem resultados muito positivos, mas os benefícios não são imediatos. "Geralmente, os efeitos podem demorar de seis a oito semanas para aparecer", afirma.
A vantagem do novo medicamento, segundo o reumatologista Sebastião Radominski, professor e chefe de Reumatologia na Universidade Federal do Paraná, é a possibilidade de "diminuir ou até frear o processo de degeneração". "Agora temos a opção de interferir no curso da doença", diz.
Diferentemente do que muita gente pensa, a artrose não é uma doença que aparece somente na terceira idade. É verdade que a incidência maior acontece após os 70 anos, mas também há jovens com dores nas "juntas" e dificuldades de movimentos relacionados às inflamações nessas cartilagens.
Para Ricon Jr., obesidade e práticas esportivas que exigem demasiadamente das articulações, como futebol e atletismo, podem acelerar a ocorrência da enfermidade em jovens e adultos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, a artrose atinge cerca de 10% da população mundial, e a incidência aumenta com o passar da idade. Em pessoas com mais de 70 anos, a evidência da doença chega a 85%, sendo que metade delas não sente dores.
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