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23/09/2004
-
09h04
da Folha de S.Paulo
Comportamentos compulsivos são uma marca registrada de Raquel (nome fictício), 37, professora do interior paulista. Formada em pedagogia e filosofia, fez duas pós-graduações e 86 especializações. Mas sua lista de excessos não pára por aí. Ela já passou por diversas outras compulsões, como sexo, comida e compras.
Casada desde os 15 anos, Raquel também classifica seu sentimento pelo marido como um vício. "Eu o amo demais, mais do que meus filhos. Mas vou sarar, preciso aprender a me amar antes", afirma. Atualmente freqüentando o grupo de apoio às Mulheres que Amam Demais (Mada), a professora vem a São Paulo toda semana, apenas para as reuniões.
O casamento de Raquel também passou por conflitos devido à compulsão sexual. "Meu marido funcionava a 20 km por hora, e eu, a 200". Ela afirma ainda precisar de sexo pelo menos três vezes por dia, mas, como não consegue manter essa freqüência com o marido --que trabalha em outra cidade durante a semana--, diz confiar em seu "poder superior" para controlar sua dependência.
Para dominar a compulsão por comida, Raquel toma remédios e freqüenta os Comedores Compulsivos Anônimos (CCA), mas ainda tem momentos de crise. "Quando fico ansiosa, como uma pizza inteira, perco o controle."
A compulsão por compras também acompanha Raquel há tempos. Ela afirma que, desde a infância, gasta sem medida e que não pode ter dinheiro algum em mãos. "Comprei uma cozinha e uma sala, sem necessidade e sem ter um tostão para pagar. Fiz uma dívida de mais de R$ 5.000." Ela diz que ainda pretende freqüentar os Devedores Anônimos.
Além dos grupos de apoio, Raquel diz encontrar ajuda na religião. Evangélica há 12 anos, ela atribui a seu pastor --e terapeuta-- a consciência de suas doenças. "Procurar ajuda ameniza a compulsividade.
Você acredita no "poder superior" e deixa tudo na mão dele. Não tenho esperança de ser curada, mas vou melhorar."
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Raquel tem compulsão por sexo, comida e compras
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Comportamentos compulsivos são uma marca registrada de Raquel (nome fictício), 37, professora do interior paulista. Formada em pedagogia e filosofia, fez duas pós-graduações e 86 especializações. Mas sua lista de excessos não pára por aí. Ela já passou por diversas outras compulsões, como sexo, comida e compras.
Casada desde os 15 anos, Raquel também classifica seu sentimento pelo marido como um vício. "Eu o amo demais, mais do que meus filhos. Mas vou sarar, preciso aprender a me amar antes", afirma. Atualmente freqüentando o grupo de apoio às Mulheres que Amam Demais (Mada), a professora vem a São Paulo toda semana, apenas para as reuniões.
O casamento de Raquel também passou por conflitos devido à compulsão sexual. "Meu marido funcionava a 20 km por hora, e eu, a 200". Ela afirma ainda precisar de sexo pelo menos três vezes por dia, mas, como não consegue manter essa freqüência com o marido --que trabalha em outra cidade durante a semana--, diz confiar em seu "poder superior" para controlar sua dependência.
Para dominar a compulsão por comida, Raquel toma remédios e freqüenta os Comedores Compulsivos Anônimos (CCA), mas ainda tem momentos de crise. "Quando fico ansiosa, como uma pizza inteira, perco o controle."
A compulsão por compras também acompanha Raquel há tempos. Ela afirma que, desde a infância, gasta sem medida e que não pode ter dinheiro algum em mãos. "Comprei uma cozinha e uma sala, sem necessidade e sem ter um tostão para pagar. Fiz uma dívida de mais de R$ 5.000." Ela diz que ainda pretende freqüentar os Devedores Anônimos.
Além dos grupos de apoio, Raquel diz encontrar ajuda na religião. Evangélica há 12 anos, ela atribui a seu pastor --e terapeuta-- a consciência de suas doenças. "Procurar ajuda ameniza a compulsividade.
Você acredita no "poder superior" e deixa tudo na mão dele. Não tenho esperança de ser curada, mas vou melhorar."
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