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14/04/2005
-
10h30
da Folha de S. Paulo
Se os crudivoristas só comem alimentos crus, outro sistema alimentar que se contrapõe à comida industrializada, a macrobiótica, prioriza o outro lado: alimentos cozidos. Milenar, ela se baseia em cereais integrais, legumes e vegetais como uma forma de manter a saúde física e espiritual. "Macrobiótica significa vida longa. Já está provado que quem tem uma alimentação equilibrada vive mais e melhor", diz Neusa Cavalari, proprietária do restaurante macrobiótico Integrão (r. Joaquim Antunes, 377, São Paulo, tel. 0/xx/11/3088-3335).
Ela diz que a maioria dos alimentos servidos no restaurantes é cozida, mas que não se trata de uma regra inquebrável. "Quando temos peixe ou frango, sempre colocamos uma salada crua para equilibrar", exemplifica. Mas, em geral, as refeições do restaurante --que só serve uma opção de prato combinado por dia-- incluem legumes e verduras cozidas no vapor. O arroz integral, ingrediente básico da macrobiótica, está sempre presente.
Neusa, que tem o restaurante há 25 anos e pratica a alimentação macrobiótica há 36, diz que só come alimentos crus de vez em quando e que conhece várias pessoas que têm intolerância a esse tipo de comida. "Eu não consigo comer só folha. Tem que enriquecer a refeição. Mas sei que isso varia de pessoa para pessoa", diz.
De acordo com o médico Sidney Federman, que trabalha na divisão de doenças crônicas da Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo, a comida macrobiótica é um conhecimento popular que passou pelo crivo da ciência, mas não há nada que comprove que alimentos crus sejam melhores. Federman pesquisa o papel da nutrição na prevenção de doenças crônicas há 20 anos e escreveu o livro "Alimentação que evita o câncer e outras doenças".
"Já é cientificamente provado que ingredientes usados pela macrobiótica, como o cereal integral, o feijão, os legumes e o queijo de soja, fazem bem. Pesquisas concluíram que os cereais integrais protegem contra 25 tipos de câncer, e a Organização Mundial da Saúde afirma que eles previnem enfarte e doenças cardiovasculares. Mas alguns alimentos devem ser comidos crus, pois têm substâncias que atuam na prevenção do câncer e que são inativadas com o cozimento", diz o médico.
Segundo ele, o hábito de comer alimentos cozidos provavelmente se deve ao clima frio do Japão, onde a macrobiótica se desenvolveu. "Nosso clima é tropical e adaptamos muita coisa", confirma Neusa.
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Ela diz que a maioria dos alimentos servidos no restaurantes é cozida, mas que não se trata de uma regra inquebrável. "Quando temos peixe ou frango, sempre colocamos uma salada crua para equilibrar", exemplifica. Mas, em geral, as refeições do restaurante --que só serve uma opção de prato combinado por dia-- incluem legumes e verduras cozidas no vapor. O arroz integral, ingrediente básico da macrobiótica, está sempre presente.
Neusa, que tem o restaurante há 25 anos e pratica a alimentação macrobiótica há 36, diz que só come alimentos crus de vez em quando e que conhece várias pessoas que têm intolerância a esse tipo de comida. "Eu não consigo comer só folha. Tem que enriquecer a refeição. Mas sei que isso varia de pessoa para pessoa", diz.
De acordo com o médico Sidney Federman, que trabalha na divisão de doenças crônicas da Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo, a comida macrobiótica é um conhecimento popular que passou pelo crivo da ciência, mas não há nada que comprove que alimentos crus sejam melhores. Federman pesquisa o papel da nutrição na prevenção de doenças crônicas há 20 anos e escreveu o livro "Alimentação que evita o câncer e outras doenças".
"Já é cientificamente provado que ingredientes usados pela macrobiótica, como o cereal integral, o feijão, os legumes e o queijo de soja, fazem bem. Pesquisas concluíram que os cereais integrais protegem contra 25 tipos de câncer, e a Organização Mundial da Saúde afirma que eles previnem enfarte e doenças cardiovasculares. Mas alguns alimentos devem ser comidos crus, pois têm substâncias que atuam na prevenção do câncer e que são inativadas com o cozimento", diz o médico.
Segundo ele, o hábito de comer alimentos cozidos provavelmente se deve ao clima frio do Japão, onde a macrobiótica se desenvolveu. "Nosso clima é tropical e adaptamos muita coisa", confirma Neusa.
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