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14/04/2005
-
10h36
da Folha de S. Paulo
Amigo inseparável de Mogli, o "menino lobo" de Walt Disney, o urso Balu é o boa-vida da floresta: come "somente o necessário", ou seja, aquilo que está ao alcance da mão. A dieta vegetariana crudivorista prega mais ou menos isso. Os crudivoristas dispensam o uso do fogão e só se alimentam de comida crua. Eles defendem que as enzimas presentes na comida crua auxiliam a digestão.
As vitaminas B12 e lipossolúveis, no entanto, ficam de fora do menu dos crudivoristas, segundo o nutrólogo Daniel Magnoni. "Essas pessoas devem ter uma alimentação muito variada", afirma.
Para o nutricionista vegetariano George Guimarães, quem adota esse tipo de dieta deve estar atento à ingestão de fontes concentradas de calorias, proteínas e gorduras. "A pessoa deve ainda incluir no cardápio alimentos concentrados em ferro, zinco e vitamina E. Além dos oleaginosos, como castanhas e amendoins, e das sementes, como as de girassol, de linhaça e de gergelim", afirma.
Guimarães também defende que os crudivoristas devem comer mais e com maior freqüência. "Os alimentos crus são menos densos, pois têm mais água e fibras. Por isso, essas pessoas têm de consumir um volume maior de alimentos. Outra dica importante é o consumo de cereais germinados para substituir os grãos, que não podem consumidos crus."
De acordo com o nutricionista, esse tipo de dieta é utilizado no tratamento e na prevenção de doenças crônicas degenerativas e cardiovasculares em geral. "A comida crua é mais rica em substâncias antioxidantes, fibras e fitoquímicos (substâncias protetoras encontradas nas plantas) e mais pobre em gordura e hormônios", diz.
A chamada "raw food" também tem feito sucesso no mundo da gastronomia. "Muita gente encara o crudivorismo com fanatismo. O meu interesse é pelo aspecto culinário", afirma o chef amazonense Rafael Rosa, 28, o maior especialista do gênero no Brasil. Professor do Living Light Culinarie Arts Institute, uma escola de culinária especializada em comida crua, na Califórnia, Rosa deu consultoria para o primeiro restaurante de "raw food" no Brasil, o Deloonix, em São Paulo.
Entre os ingredientes, estão cereais germinados e vegetais desidratados. Os pratos muitas vezes têm uma preparação complexa e demorada. "Há um queijo feito com castanhas fermentadas por 12 horas na água do trigo germinado. É um prato que requer tempo e método", diz. Segundo ele, nessa culinária os alimentos só podem ser aquecidos até 42º C.
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As vitaminas B12 e lipossolúveis, no entanto, ficam de fora do menu dos crudivoristas, segundo o nutrólogo Daniel Magnoni. "Essas pessoas devem ter uma alimentação muito variada", afirma.
Para o nutricionista vegetariano George Guimarães, quem adota esse tipo de dieta deve estar atento à ingestão de fontes concentradas de calorias, proteínas e gorduras. "A pessoa deve ainda incluir no cardápio alimentos concentrados em ferro, zinco e vitamina E. Além dos oleaginosos, como castanhas e amendoins, e das sementes, como as de girassol, de linhaça e de gergelim", afirma.
Guimarães também defende que os crudivoristas devem comer mais e com maior freqüência. "Os alimentos crus são menos densos, pois têm mais água e fibras. Por isso, essas pessoas têm de consumir um volume maior de alimentos. Outra dica importante é o consumo de cereais germinados para substituir os grãos, que não podem consumidos crus."
De acordo com o nutricionista, esse tipo de dieta é utilizado no tratamento e na prevenção de doenças crônicas degenerativas e cardiovasculares em geral. "A comida crua é mais rica em substâncias antioxidantes, fibras e fitoquímicos (substâncias protetoras encontradas nas plantas) e mais pobre em gordura e hormônios", diz.
A chamada "raw food" também tem feito sucesso no mundo da gastronomia. "Muita gente encara o crudivorismo com fanatismo. O meu interesse é pelo aspecto culinário", afirma o chef amazonense Rafael Rosa, 28, o maior especialista do gênero no Brasil. Professor do Living Light Culinarie Arts Institute, uma escola de culinária especializada em comida crua, na Califórnia, Rosa deu consultoria para o primeiro restaurante de "raw food" no Brasil, o Deloonix, em São Paulo.
Entre os ingredientes, estão cereais germinados e vegetais desidratados. Os pratos muitas vezes têm uma preparação complexa e demorada. "Há um queijo feito com castanhas fermentadas por 12 horas na água do trigo germinado. É um prato que requer tempo e método", diz. Segundo ele, nessa culinária os alimentos só podem ser aquecidos até 42º C.
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