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03/11/2005 - 10h38

Uso de medicamentos naturais requer cuidados

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TATIANA DINIZ
da Folha de S.Paulo

Os usos dos medicamentos chamados de "naturais" enfrentam ressalvas. E é bom aprender a distinguir "naturais" de "fitoterápicos". Fitomedicamento é um remédio que tem como princípio ativo uma erva natural e cuja eficácia e segurança foram devidamente comprovadas. Esses medicamentos precisam ter uso autorizado pela Anvisa e registro no Ministério da Saúde. Para saber se o remédio é autorizado, o cliente deve observar na embalagem se há o número de registro do laboratório, como nos alopáticos.

De acordo com a clínica-geral e nefrologista Liliana Secaf, do hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, faltam estudos científicos sobre a eficácia e o efeito adverso de muitas plantas.

"Apesar de naturais, elas podem gerar um efeito danoso em vez de benefícios", afirma, citando que alguns chás medicinais de cogumelos são tóxicos ao fígado e ao rim e podem causar câncer renal.

Já os fitoterápicos ela considera mais seguros. "Ruim é comprar ervas em feiras e se automedicar " diz.

Para o clínico-geral Flávio Dantas, professor de clínica médica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), apesar de os remédios naturais serem mais seguros do que os alopáticos --já que contêm mais baixa dosagem de princípios ativos--, isso não quer dizer que eles não tenham efeitos adversos. "Muitas pessoas exageram. O que diferencia o remédio do veneno é a dose. Tudo que é feito de plantas tem componentes químicos. Além disso, cada pessoa é única. Uma dose que para uma não faz nada pode causar um grande efeito em outra", alerta.

Ele também lembra que é preciso ficar atento à procedência das plantas. "Muitas pessoas as compram por aí e não sabem de onde elas vêm e se têm contaminação", aponta. Segundo Dantas, o fato de existir uma padronização para os fitoterápicos torna-os mais seguros. "Com as normas da Anvisa, é possível ter segurança sobre o produto que se receita", diz.

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