Equilíbrio

NUTRIÇÃO

15/03/2002 - 19h29

Orgânicos ou não, importante é inspirar o paladar

Publicidade

JOSIMAR MELO
colunista da Folha de S.Paulo

Quando, nos anos 70, a genial Alice Waters lançou no seu Chez Panisse (San Francisco) a onda de incorporar na restauração os conceitos alternativos da cultura hippie californiana, ela foi mais longe do que pensava. Ao valorizar ingredientes naturais e orgânicos, fez mais (e talvez o contrário) do que simplesmente embarcar na onda natureba da época. Ela criou a idéia de que ingredientes saudáveis podem fazer parte da alta gastronomia.

E até hoje pouca coisa é mais gratificante do que uma suculenta costeleta de porco, tenra e malpassada (isso mesmo), grelhada em lenha de parreiras, no restaurante dela. É essa a lição: orgânico pode ser lindo ou pode ser sinônimo de politicamente correto e gustativamente medonho. O homem, se veio ao mundo para algo, não foi para sofrer corretamente, mas para viver prazerosamente.

É cada vez mais importante saber se o restaurante tem ingredientes saudáveis (inclusive engraçados como "carne orgânica"); mas, no frigir dos ovos, vale a pena procurar o estabelecimento que melhor saiba trabalhar os ingredientes (orgânicos ou não), que melhor demonstre sua arte e inspire nosso paladar.

Leia mais:

  • Orgânicos roubam lugar à mesa em São Paulo

  •  

    Publicidade

    FolhaShop

    Digite produto
    ou marca