SEXO
04/10/2000
-
18h19
da Folha Online
Permeado pela máxima de que só a vontade do próprio deficiente pode trazê-lo de volta ao convívio social e, portanto, a uma vida sexual normal, o livro "A Revolução Sexual Sobre Rodas" (O Nome da Rosa), de Fabiano Puhlmann, não é um livro de auto-ajuda construído somente em mensagens positivas.
Passo-a-passo, desde a chegada da deficiência até os cuidados que o indivíduo deve tomar para ser uma pessoa interessante, passando pelas dificuldades que ele vai encontrar ao redor, Puhlmann mixa elementos da psicologia às realidades funcionais para construir um novo universo.
Neste, o cor-de-rosa está para o cinza como a realização está para a vontade: tudo depende basicamente de um resgate da vida e de dar um basta na supervalorização do cotidiano anterior, supostamente melhor.
Os artifícios do texto vão desde a constatação pura e simples de que vivemos na idade da pedra lascada quando acreditamos _ou quando o próprio portador acredita_ que o deficiente é assexuado até a citação de mitos gregos que explicam a sexualidade humana.
O grande mérito de "A Revolução..." é lembrar que a tetraplegia ou paraplegia são dificuldades que devem ser enfrentadas da mesma forma como o ser humano faz com tantas outras.
A grande diferença é que os problemas cotidianos estão, sob o limitado prisma da cultura brasileira, dentro da normalidade e mais ao alcance da solução.
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Permeado pela máxima de que só a vontade do próprio deficiente pode trazê-lo de volta ao convívio social e, portanto, a uma vida sexual normal, o livro "A Revolução Sexual Sobre Rodas" (O Nome da Rosa), de Fabiano Puhlmann, não é um livro de auto-ajuda construído somente em mensagens positivas.
Passo-a-passo, desde a chegada da deficiência até os cuidados que o indivíduo deve tomar para ser uma pessoa interessante, passando pelas dificuldades que ele vai encontrar ao redor, Puhlmann mixa elementos da psicologia às realidades funcionais para construir um novo universo.
Neste, o cor-de-rosa está para o cinza como a realização está para a vontade: tudo depende basicamente de um resgate da vida e de dar um basta na supervalorização do cotidiano anterior, supostamente melhor.
Os artifícios do texto vão desde a constatação pura e simples de que vivemos na idade da pedra lascada quando acreditamos _ou quando o próprio portador acredita_ que o deficiente é assexuado até a citação de mitos gregos que explicam a sexualidade humana.
O grande mérito de "A Revolução..." é lembrar que a tetraplegia ou paraplegia são dificuldades que devem ser enfrentadas da mesma forma como o ser humano faz com tantas outras.
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