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15/11/1889
Saiba quem é o novo presidente da República

da Folha Online


Manuel Deodoro da Fonseca é um oficial de carreira conhecido na tropa brasileira pela bravura em combate e determinação. Matriculou-se em 1843 na Escola Militar do Rio de Janeiro e formou-se no curso de artilharia em 1847. No ano seguinte, combateu a Revolução Praieira em Pernambuco.

Participou da Guerra do Paraguai (1865-1870), sendo ferido nas batalhas de Angustura e Itororó e esteve também no cerco a Montevidéu. Em 1868, chegou ao posto de coronel. Em 1874, de brigadeiro e em 1884, foi promovido a marechal-de-campo. Em 1883 já era comandante das Armas da província do Rio Grande do Sul. Sua autoridade reconhecida e, dois anos depois, foi indicado pelo Império para assumir o cargo de presidente provisório da província.

Desavenças com grupos políticos locais fizeram com que Deodoro deixasse a região sul do país.

Confrontou-se com o presidente do Conselho de Ministros, o barão de Cotegipe e com o próprio imperador D. Pedro 2. Acabou sendo exonerado do cargo. Gaspar Silveira Mendes, inimigo público e declarado do marechal foi escolhido para sucedê-lo no cargo.

Se mudou com a família para o Rio de Janeiro, em 1887, tornou-se presidente do Clube Militar e negou-se a perseguir escravos fugitivos. Como forma de afastá-lo da política, foi nomeado para o comando militar do Mato Grosso pelo visconde de Ouro Preto. Em sua nova função também colecionou inimizades. Se revoltou contra a indicação, no início deste ano de 1889, do coronel Cunha Matos, para a presidência da província. Deodoro não aceitou o fato de um coronel receber um posto político hierarquicamente superior ao dele, um marechal.

Deixou o Mato Grosso e retornou ao Rio de Janeiro no último dia 13 de setembro sem dar maiores explicações ao governo. As duas derrotas políticas que sofreu, principalmente a última, serviram para colocá-lo definitivamente contra o chefe do gabinete ministerial derrubado hoje, o visconde de Ouro Preto.

Alguns militares acreditam que as desavenças entre Deodoro e Ouro Preto foram fundamentais para motivar o marechal a tomar a frente do movimento que derrubou a monarquia do poder e trouxe a República ao território brasileiro.

Leia mais no especial sobre a Proclamação da República

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