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Conheça o contingente militar dos EUA e do Reino Unido no golfo Pérsico

da Folha Online

A seguir, uma relação das forças norte-americanas e britânicas que estão próximas do Oriente Médio e podem ser usadas em um ataque contra o Iraque liderado pelos EUA.

Marinha dos EUA

O porta-aviões USS Theodore Roosevelt zarpou com seu grupo de batalha de sete navios de guerra em direção ao golfo Pérsico em 4 de fevereiro.

Também no grupo de batalha estão: o USS Anzio e o USS Cape St. George, ambos com mísseis guiados; os destróieres USS Arleigh Burke, USS Porter e USS Winston Churchill; a fragata USS Carr e o navio de apoio e combate rápido USNS Arctic, disseram autoridades. O grupo leva 8.000 soldados.

Outros três porta-aviões estão em distância de ataque do Iraque -o USS Abraham Lincoln e o USS Constellation, no golfo Pérsico, e o USS Harry S. Truman, no Mar Mediterrâneo. De acordo com o “Global Security.org” há cerca de 15.500 fuzileiros navais a caminho do golfo, a bordo de três forças-tarefas, além de cerca de 20 mil marinheiros e aviadores nos grupos de batalha e nas forças anfíbias.

Porta-aviões costumam levar cerca de 75 aviões. Cada navio de guerra é escoltado por meia dúzia de cruzadores, destróieres e submarino com mísseis de cruzeiro Tomahawk, de longo alcance.

O navio-hospital Comfort partiu para a região neste mês.

O porta-aviões USS George Washington, na Virgínia, o Kitty Hawk, com base no Japão, ou o Carl Vinson, que está fazendo exercícios na costa do Pacífico nos EUA, também podem ir para a região.

Pessoal dos EUA

Autoridades de defesa dos EUA dizem que mais de 250 mil soldados já estão prontos na região, 160 mil deles no Kuait.

No dia 11 de janeiro foram assinadas ordens de envio de milhares de fuzileiros navais, uma brigada de infantaria aerotransportada do Exército, um esquadrão de caças “invisíveis” F-117 Nighthawk e dois esquadrões de caças F-16CJ, com capacidade de confundir radares.

No dia 17 de janeiro, os navios de assalto anfíbio USS Boxer e USS Bonhomme Richard receberam a companhia das balsas de transporte USS Cleveland e USS Dubuque, e os navios de desembarque USS Anchorage, USS Comstock e USS Pearl Harbor.

No dia 21 de janeiro, o Pentágono ordenou o envio de mais 37 mil soldados: a 4ª Divisão de Infantaria de Fort Hood, Texas, e outras unidades de apoio, incluindo a 3ª Brigada de Fort Carson, Colorado.

O Departamento de Defesa disse em 5 de fevereiro que foram convocados quase 17 mil reservistas para o serviço ativo. Isso elevou o número de soldados ativos da Reserva e da Guarda Nacional para mais de 111 mil.

Comando central

Um comando móvel “CentCom” foi enviado para a base aérea Al Udeid, no Qatar, onde trabalham mais de mil funcionários de comunicações e centenas de britânicos. É o provável centro de comando e controle em qualquer ataque ao Iraque.

Bases aéreas

Aviões F-117A “Nighthawk” [Falcão noturno] deixaram a Base da Força Aérea Holloman, no Novo México, em 3 de fevereiro. Não se sabe quantos dos 50 F-117A que fazem parte da 49ª Frota de caças de Holloman foram enviados, nem qual seu destino exato.

A força aérea começou a enviar bombardeiros B-1B de Ellsworth, Dakota do Sul. Também está enviando caças F-15C, jatos de ataque F-15E, aviões espiões Predator e aviões com radares.

O parlamento da Turquia deu permissão aos EUA em 6 de fevereiro para reformar um número não especificado de bases militares turcas. As aeronaves enviadas para a Turquia farão companhia a outros 200 F-15, F-16 e jatos A-10 dos EUA, além de caças F-117 com base em Estados do golfo Pérsico.

Os Estados Unidos têm bases em Kuait, Bahrein, Qatar, Omã, Djibuti e Arábia Saudita.

A força aérea dos EUA construiu instalações para aviões bombardeiros B-2, que despistam radares, em Diego Garcia. A ilha, a 5.300 quilômetros de Bagdá, abriga bombardeiros pesados B-52, da época da Guerra do Vietnã, que passaram por melhorias para despejar bombas “inteligentes” e guiadas por laser.

Forças britânicas

O Reino Unido anunciou até agora o envio de 42 mil militares para uma possível guerra no Iraque.

Sua principal força de combate terrestre será liderada por uma Divisão Blindada, enviada com uma de suas três brigadas, a 7ª Brigada Blindada, os “Ratos do Deserto”, com 3.400 tropas de combate, 120 tanques Challenger-2 e 150 veículos blindados Warrior. Todos provavelmente terão base no Kuait.

O Reino Unido também enviará a 16ª Brigada de Assalto Aéreo, de 2.100 pára-quedistas em helicópteros.

No mar, o Reino Unido enviou uma flotilha de 16 navios, levando 4.000 tropas de elite do Royal Marines, com capacidade de desembarque terrestre ou por helicóptero.

A frota naval, com 5.000 marinheiros, é liderada pelos porta-aviões Ark Royal e Ocean, equipados com helicópteros. A frota passou através do Canal de Suez.

O Reino Unido disse em 6 de fevereiro que a Royal Air Force (Força Aérea britânica) aumentará sua presença na região do golfo Pérsico para cem aeronaves, incluindo aviões Hércules, Tornados e caças Harrier apoiados por cerca de 7.000 pessoas e 27 Puma e helicópteros Chinook.


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