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23/04/2003
O governo Menem
da Folha Online
O governo do peronista Carlos Menem, 72, começa em 1990 diante de grave crise econômica, com uma inflação, que seria vencida no ano seguinte, de quase 3.000% ao ano.
Com um plano econômico embasado na paridade cambial peso-dólar, de autoria do ministro da Economia Domingo Cavallo, a Argentina cresce cerca de 7,7% ao ano e inicia-se uma fase de privatizações das empresas públicas.
Depois de alterar a Constituição para poder se reeleger, o segundo mandato de Carlos Menem inicia com a inflação controlada e a moeda forte. Na contramão, o crescimento pára, a taxa de desemprego atinge 18,4% e a dívida externa dobra.
Os peronistas perdem a maioria no Congresso em 1997. O peso segue atrelado ao dólar e o governo vive um impasse no mercado porque, ao mesmo tempo em que os produtos nacionais encarecem, as dívidas contraídas em moeda americana impedem o fim da paridade cambial. A recessão assola o país.
Em 2000, Menem deixa o poder. Foi impedido de concorrer às eleições pela Corte Suprema, que julga inconstitucional sua candidatura. E o PJ (Partido Justicialista, peronista) perde as eleições com Eduardo Duhalde, então governador de Buenos Aires, para a Aliança, de Fernando De la Rúa.
Denúncias
Após deixar a Presidência, Menem enfrenta investigações de corrupção e contrabando de armas. A Justiça da Suíça bloqueia duas contas bancárias em seu nome, que somavam cerca de US$ 10 milhões.
Em 2001, ele ficou preso por seis meses acusado de contrabandear armas com a Croácia e o Equador.
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