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Folhainvest 13º Salário e Previdência
29/11/2004

Seu dinheiro: Use seu 13º salário para reduzir dívidas

Momento é apropriado para escapar do endividamento e planejar uma vida financeira mais estável

LUCIANO MARTINS COSTA
Free lance para a Folha

O economista Marcos Silvestre, coordenador executivo do Cefipe (Centro de Estudos de Finanças Pessoais e Negócios), aconselha os endividados a aproveitar o 13º salário para acertar suas vidas. "A prioridade é reduzir ou eliminar todas as dívidas pessoais, para começar o ano sem esse peso", observa. "Depois, se for possível, deve-se fazer um provimento para as despesas que se acumulam no primeiro trimestre".

Segundo Silvestre, muita gente ainda não se deu conta do peso real dos juros numa economia estável. "Alguém que vai receber mil reais neste fim de ano, por exemplo, e tem uma dívida de mil reais no cheque especial, terá dobrado esse débito em nove meses, a uma taxa de juros média de 8%, mesmo que não tenha gastado um centavo a mais além do limite. A dívida cresce por inércia, e, quando se dá conta, o cidadão está preso numa bola de neve", acrescenta.

Uma pessoa nessa situação não pode pensar em nada mais inteligente para fazer com o dinheiro extra que deve entrar no fim do ano do que pagar ou reduzir a dívida, diz o economista. Além da necessidade de ter o nome limpo na praça, para manter o acesso a fontes de financiamento, há o risco de se entrar numa situação impossível de administrar.

Para Marcos Silvestre, se for muito forte a pressão familiar por consumo, como ocorre nos finais de ano, o ideal seria gastar somente a metade, no máximo, do dinheiro adicional. "Fazer novas dívidas é loucura, com os juros na altura que estão".

Além disso, as pessoas precisam levar em consideração os gastos que se concentram no primeiro trimestre, acrescenta. Ele lembra que em janeiro chega o carnê do IPTU, que se soma ao IPVA, seguros, matrículas, renovação de material escolar, mais as férias, viagens de verão, o que acaba equivalendo a um salário adicional.

"Uma boa política é usar a primeira metade do 13º para acertar dívidas e fazer algumas compras, e poupar a metade que chega em 20 de dezembro, para garantir recursos para esses gastos", recomenda Silvestre. Quanto a novas dívidas, ele aconselha fugir do cheque especial e buscar o crédito rotativo e empréstimos pessoais descompromissados, ou, quem tiver acesso, o crédito consignado descontado em salário, que tem juros de 2% a 3%.

"Isso não é o ideal, pois para quem tem uma cultura de juro pessoal absurdamente elevado, 3% ao mês parece pouca coisa, mas é preciso lembrar que, com juros de 2,5% ao mês, a dívida dobra em 29 meses. Portanto, é melhor não se empolgar muito com as compras", diz o economista. Os juros seriam aceitáveis em torno de 0,5% ao mês, observa.

Segundo o diretor executivo do Cefipe, a melhora das condições econômicas não significa que a situação de todas as pessoas deve ficar mais tranqüila. "Uma coisa é a economia como um todo melhorar, outra coisa é melhorar efetivamente o nível de emprego e renda para todos e uma terceira condição diferente é a garantia da empregabilidade e da renda maior", acrescenta.

Portanto, conclui Silvestre, o 13º salário e outras receitas adicionais de fim de ano devem ser encarados como uma oportunidade para colocar em prática muita sensatez. "O brasileiro costuma ser otimista, e está na hora de aprender a não gastar por antecipação", recomenda.

Planejamento

Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, diz que a regra do jogo é: quem tem dívida deve acertar a vida e aproveitar melhor a fase de estabilidade com algum crescimento. "As pessoas estão mais confiantes quanto ao futuro e a demanda de bens está deprimida, mas os juros altos indicam a necessidade de mais planejamento", observa.

Na sua opinião, haverá mais "comprismo" e menos consumismo, com a maioria apenas cumprindo alguns hábitos de fim de ano, mas sem exageros. Não deverá haver uma corrida para a troca de eletrodomésticos por outros de maior valor.

"Sempre há uma pequena parcela que vai aplicar, levando-se em conta as novas regras para investimento e a perspectiva de melhora na Bolsa", acrescenta, opinando que tanto a oportunidade de ganhos como o risco do endividamento aconselham a tomar ainda mais cuidado com o dinheiro.

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