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03/2004/2004

Taxa de administração corrói até 90% do patrimônio

SANDRA BALBI
da Folha de S. Paulo

Quem investe em um plano de previdência pode deixar entre 57% e 90% do patrimônio acumulado ao longo de 35 anos no caixa da seguradora ou do banco que vendeu o produto.

Esse é o tamanho a que pode chegar a mordida da taxa de gestão financeira _ou de administração_ cobrada pelas entidades de previdência privada aberta.

Cálculos do consultor Newton Conde, da Watson Wyatt, mostram que uma pessoa que aplique R$ 200 mensais, desde os 25 anos de idade, obtendo um rendimento real (descontada a inflação) de 3% ao ano, chegará aos 60 anos com um capital de R$ 147.456 (leia quadro). Nessa hipótese Conde considerou que a taxa de gestão financeira foi zero, para efeitos de comparação.

A mesma aplicação, se feita em uma instituição que cobra 3% ao ano para administrar os recursos _que é a taxa cobrada na maioria dos planos de previdência_ será corroída ao longo do tempo. Após 35 anos, o investidor acumulará R$ 84 mil, apenas.

Se esse mesmo investidor conseguir aplicar em um plano que dê um rendimento real de 6% ao ano, chegará ao final do período de acumulação com R$ 276.058, caso a taxa de gestão seja zero.

Mas, pagando uma taxa de gestão de 3% ao ano, ficará com seu capital reduzido a R$ 145.127. Nesse caso, o gestor terá embolsado 90% do capital acumulado. “Ou seja, quase a metade das contribuições mais todo o rendimento terá ido para a seguradora”, diz.

De acordo com o consultor Mauro Halfeld, “a taxa de gestão financeira é a questão mais importante a ser observada pelo investidor ao entrar em um PGBL ou VGBL”. Essa taxa é cobrada sobre o capital total acumulado.

O investidor deve ficar atento também à rentabilidade real dada pelo seu plano de previdência. “Compare os rendimentos dos últimos anos de vários planos antes de investir”, alerta Halfeld.

Os fundos de investimento onde são aplicados os recursos desses planos renderam, em média, 23,07% no ano passado, segundo dados do site Fortuna. Descontada a inflação de 9,3% houve um ganho real de 14,7%.

“Mas 2003 foi um ano excepcional, esse rendimento não se sustentará a longo prazo. No ano passado, a Bolsa subiu e os juros estavam altos. A tendência é de ganhos menores”, diz Conde.

De fato, em 2002, por exemplo, os fundos de previdência renderam em média 14,51% enquanto a inflação bateu em 12,5%. O ganho real, nesse caso, foi de ralos 2%. “Por isso não creio que a rentabilidade real desses planos fique muito acima de 3% ao ano, no médio e longo prazos”, diz.

Benefícios

Outro cuidado que o investidor deve ter ao escolher um plano de previdência privada é com relação ao valor do benefício que receberá na aposentadoria. Ele é calculado com base no saldo que o participante do plano acumulou até a data da aposentadoria.

Esse montante será dividido pelo número de meses em que ele irá receber o benefício. Algumas seguradoras trabalham com uma expectativa de vida de 80 anos. Mas na maioria delas a expectativa é de 85 anos.

“Quanto maior for a expectativa de vida, menor será o benefício, pois o capital será dividido por um número maior de meses”, alerta Conde. As seguradoras devem informar, no ato da contratação do plano, com qual expectativa de vida trabalham.

Acompanhe na simulação feita por Conde o impacto da expectativa de vida (veja no quadro). Um investidor que aplicar R$ 200 mensais e obtiver um rendimento real de 3% ao ano, pagando uma taxa de gestão financeira de 1% ao ano, receberá um benefício mensal de R$ 666, caso a expectativa de vida considerada seja 80 anos. Se for de 85 anos, o benefício cairá para R$ 569 mensais.

Apesar de tudo, Conde diz que vale a pena investir em planos de previdência. “A principal vantagem é fiscal”, afirma. Nos PGBLs, o investidor pode abater os volumes aplicados na declaração anual do IR , dentro do limite de 12% do imposto devido.

Nos VGBLs, o IR só incide sobre os ganhos de capital do plano e é cobrado no resgate. Num fundo comum, a cobrança é mensal e corrói a rentabilidade.

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