27/08/2004
Candelária
da Folha de S.Paulo
da Folha Online
O crime que ficou conhecido como a "chacina da Candelária" ocorreu na madrugada de 23 de julho de 1993, no centro do Rio. Na ocasião, sete meninos e um jovem, todos moradores de rua, foram assassinados a tiros.
Segundo depoimentos de sobreviventes, pelo menos cinco homens desceram de dois Chevettes e atiraram. Quatro garotos morreram no local e outro no hospital. Mais duas crianças e um jovem foram mortos na praça Mauá. A chacina ocorreu quando cerca de 50 crianças dormiam sob uma marquise, em frente à igreja da Candelária.
As vítimas, na ocasião, disseram ter sido ameaçadas de morte por policiais militares depois que um Opala da corporação foi apedrejado por um garoto.
O crime repercutiu no exterior. Entidades como a Anistia Internacional e a Unicef encaminharam documentos denunciando o massacre e pedindo a punição dos culpados.
Seis policiais militares foram julgados pelas mortes. Três foram condenados e três, absolvidos. O primeiro julgamento ocorreu apenas em abril de 1996. Marcos Aurélio Dias de Alcântara foi condenado a 204 anos de prisão e Marcus Vinícius Borges Emmanuel a 300 anos. Nelson Oliveira dos Santos Cunha foi condenado a mais 45 anos.
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