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15/11/1999
Último dia de Picasso é de graça no Masp
JULIANA MONACHESI
free-lance para a Folha
Anteontem o Masp registrava a entrada de 500 pessoas por hora para ver a exposição "Picasso - Anos de Guerra (1937-1945)". Nesse ritmo, a visitação hoje pode ultrapassar o recorde do museu, quando 13 mil pessoas foram ver no último dia a mostra de Monet. Principalmente porque, neste último dia para ver Picasso, a bilheteria estará liberada.
Até sexta-feira, 166.767 pessoas haviam visitado a exposição que reúne mais de 150 trabalhos do artista espanhol, pertencentes ao Museu Picasso de Paris, feitos durante os anos da Segunda Guerra Mundial, além de fotografias que registram o cotidiano do artista e fases da criação da "Guernica".
No fim-de-semana, muitas pessoas que deixaram para a última hora a visita foram surpreendidas pela lotação do Masp, que teve pequenas filas para compra de ingressos durante quase todo o dia.
A procuradora do Estado Daniela Cembranelli, 31, foi ver a mostra no sábado. "Imaginei que estaria mais tranquilo por causa do feriado", afirmou.
As amigas Erzsebert Mangerca, 62, e Marcia Vince de Morais, 65, contam que tiveram uma surpresa agradável. "Achei que estaria vazio e fiquei feliz por ver tanta gente interessada em ver as obras de Picasso", diz Marcia.
"A exposição está maravilhosa, fiquei fascinada com a genialidade dele. E achei ótimo saber que escolas trazem os alunos para ver. Minha neta veio e quer voltar", conta Erzsebert.
A próxima exposição no Masp será do artista francês Arman, cujas construções surrealistas e irônicas --como a escultura "Spirit of Yamaha", que intercala pedaços de um piano a partes de uma moto-- devem atrair o público
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