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Saúde da mulher
25/04/2004

Tireóide da mãe

MARJORIE UMEDA
da Revista da Folha

Em matéria de saúde feminina, não é só no pós-parto que o funcionamento irregular da tireóide se torna um fator de inquietação. A diferença é que, durante a gravidez, a vítima do desequilíbrio pode ser o bebê.

Uma pesquisa desenvolvida na comunidade nipônica de Bauru descobriu uma preocupante deficiência de iodo nas mulheres entrevistadas. Inicialmente programado para avaliar o impacto de fatores ambientais no desenvolvimento de doenças tireoidianas, o estudo avaliou 1.330 pessoas de 30 a 92 anos, 717 delas mulheres. No total, 22% das entrevistadas apresentaram o problema, mas o percentual aumenta para 30% na faixa dos 30 aos 39 anos.

A incidência nessa faixa etária preocupa não só por ser maior, mas por ocorrer em plena idade fértil.

"São mulheres que têm potencial para engravidar, e a deficiência de iodo durante a gravidez pode resultar em mortes neonatais, abortos e deficiência intelectual de graus variados", explica José Augusto Sgarbi, professor de endocrinologia da Faculdade Estadual de Medicina de Marília, que realizou o estudo sob orientação de Rui Maciel, da Unifesp.

Durante a gestação, é maior a necessidade de iodo, já que o sistema tiroidiano deve suprir mãe e feto. "O iodo é vital para o desenvolvimento fetal, principalmente do sistema neurológico. Até a 20ª, 26ª semana da gestação, o feto é suprido exclusivamente pelo hormônio tireoidiano materno. Se a mãe tiver deficiência de iodo, a passagem transplacentária para o feto é reduzida. Para evitar o problema, toda gestante deveria ser submetida a exames de avaliação da função tiroidiana, mas, infelizmente, essa recomendação ainda não é uma prática clínica no Brasil", explica.

Sgarbi ainda está fazendo uma análise nutricional do cardápio da comunidade entrevistada, mas acha que o panorama pode ser pior nas mulheres de outras raças. "A comunidade japonesa, principalmente os mais velhos, costuma ingerir mais peixes e algas, fontes naturais de iodo. É o caso de se perguntar como estará a ingestão de iodo das grávidas de todo o Brasil, cuja dieta é bem diferente", diz.

É preciso lembrar, porém, que o excesso de iodo também pode ser prejudicial à glândula, porque desencadeia a produção de hormônios antitireóide e pode evoluir para um quadro de hipotireoidismo. Mais uma razão para usar o sal de comida com moderação, já que, para prevenir o aparecimento do bócio (também conhecido como "papo"), o sal brasileiro é enriquecido com iodo. Segundo os médicos, a média saudável de consumo é de 150 a 300 microgramas diárias de iodo, o equivalente a uma colher de sobremesa rasa de sal.

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