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27/11/2005

Brasil regulamenta eficiência energética

Universidades e governo elaboram critérios para classificar as construções

Segundo o governo, podem-se economizar 30% em prédios prontos e 50% em novos

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para o ambiente manter o pique, é indispensável que a casa seja projetada para usar bem a energia. Afinal, dados do Ministério de Minas e Energia mostram que 48% do consumo de eletricidade no Brasil vem de construções residenciais, comerciais ou públicas.

Essa não é uma tarefa difícil. Segundo as projeções do governo, há potencial para economizar cerca de 30% da energia gasta em prédios já construídos e até 50% nos novos. As armas para isso são projetos que saibam usar a luz e a ventilação natural e olho vivo na escolha de tudo que pode ser ligado na tomada.

Outro reforço de peso é a certificação em eficiência energética das construções, que está sendo formulada em um convênio entre governo federal e universidades (como USP, Unicamp e Universidade Federal de Santa Catarina).

O resultado será uma regulamentação baseada em indicadores referenciais mínimos de eficiência energética em construções e que embasará critérios para classificar prédios. Serão estipulados valores máximos de consumo ou mínimos de eficiência para tudo o que consumir energia.

Para ajudar na tarefa, será usado um programa de simulação do desempenho térmico e energético de uma edificação, o EnergyPlus. O uso da ferramenta permitirá que os projetos de novas edificações ou de reformas sejam avaliados antes de sua execução.

A certificação brasileira deverá ser voluntária, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos, segundo o professor Roberto Lamberts, coordenador do Labeee (Laboratório de Eficiência Energética em Edificações) da UFSC. "Acreditamos que esses parâmetros vão movimentar o mercado", afirma Lamberts, já que serão um componente a mais a ser "vendido" nos projetos.

Os índices precisarão levar em conta o clima de cada região. A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) aprovou recentemente a norma NBR 15.220-3, que divide as regiões do país em zonas de acordo com o clima, o que deve ajudar no trabalho.

Estados Unidos, Canadá, México, Reino Unido e Austrália já contam com algum tipo de norma ou lei tratando da eficiência energética em edificações.

Projeto adequado

O Brasil já tem uma lei que dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia, que trata também de máquinas e motores, mas o trecho que aborda as edificações ainda não foi regulamentado.

Para Lamberts, no entanto, a regulamentação mínima não deverá ser muito elevada. "O usuário brasileiro consome uma sexta parte do que o norte-americano gasta. Ainda temos várias casas no Brasil com nível de conforto térmico abaixo do desejável." A previsão é que o texto das normas esteja pronto em um ano.

Qualquer projeto pode prever ventilação, iluminação e isolamento térmico adequados. A simples instalação de persianas nas janelas dos quartos pode fazer uma boa diferença.

"Em Florianópolis [SC], é comum prever, em alguns projetos, apenas janelas de vidro nos quartos, o que obriga os moradores a instalar blecautes para bloquear a luz e, com o calor, ar-condicionado", diagnostica Lamberts.

Teto branco

Se houver telhado sobre o imóvel, a dica de Lamberts é fazer isolamento na cobertura. "Podem-se pintar telhas de branco para manter a temperatura agradável."

Já Teófilo Miguel de Souza, coordenador do Centro de Energias Renováveis da Faculdade de Engenharia da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho), prega que teto, paredes e pisos sejam pintados na cor gelo ou branca.

A edificação deve ainda ter janelas amplas e sistema de circulação de ar eficiente. Outro meio de economizar é usar aquecimento solar e lâmpadas fluorescentes compactas em abajures, em vez de iluminação no teto.

É bom, no entanto, perguntar ao vendedor o tempo de vida útil do reator da fluorescente. Se for inferior ao da lâmpada incandescente, poderá não valer a pena.

"Na Europa e na Ásia são adotadas também medidas como comprar aparelhos eletroeletrônicos mais eficientes", diz Souza.


     

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