18/10/2005
Entenda o caso
da Folha Online
Em setembro, a Polícia Federal do Rio realizou uma operação chamada Caravelas para desmantelar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas. No final de semana seguinte às ações, cerca de R$ 2 milhões --em euros, dólares e reais-- que haviam sido apreendidos com supostos integrantes do esquema sumiram do cofre onde estavam guardados.
O cofre fica nas dependências da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes), na sede da Superintendência Regional da PF.
O arrombamento foi descoberto dia 19, uma segunda-feira, por agentes que chegavam ao trabalho. Inicialmente, o superintendente em exercício Roberto Prel informou por meio de sua assessoria de imprensa que o dinheiro havia sido levado de uma sala-forte. Depois, admitiu que ele estava em um cofre protegido apenas por grades e, portanto, bem menos seguro.
O fato levou ao afastamento de 59 pessoas, incluindo cinco delegados. Em nota divulgada à imprensa, a PF admitiu que agentes federais foram os principais responsáveis pelo crime.
Rinha
Quatro dos agentes federais afastados devido ao furto foram presos no início de outubro sob acusação de ter desviado 23 cheques assinados apreendidos em outubro de 2004, no Clube Privê Cinco Estrelas, onde o publicitário Duda Mendonça foi preso durante uma rinha de galos.
Três dos cheques foram sacados no valor total de R$ 17 mil. Os outros 20 foram sustados.
Outros casos
Uma correição de emergência foi instaurada para rever todas as apreensões e inquéritos realizados pela unidade.
Em poucos dias, a correição apontou a troca de 20 kg de cocaína por outra substância, em 2004. A suspeita é que agentes tenham substituído a droga por pó de mármore ou bicarbonato, e que a cocaína tenha sido vendida para traficantes.
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