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João Paulo 2º
02/04/2005

Discursos - Visita ao Instituto Nacional do Câncer

da Folha Online

Caríssimos Irmãos e Irmãs:

O programa da minha Visita Pastoral ao Rio de Janeiro leva- me a passar perto do vosso Hospital. Não podendo prolongar o meu itinerário, por falta de tempo, para estar convosco, desejo pelo menos fazer ato de presença entre vós enviando por escrito a minha saudação. O meu pensamento se dirige, com cordial simpatia e viva participação, a cada um de vós, enfermos, médicos e demais funcionários do Instituto Nacional do Câncer.

Desejo assegurar-vos que as famílias que participam deste II Encontro Mundial, e todos os fiéis que se solidarizam conosco, abraçam com afeto toda a família humana tocada pelo sofrimento. Abraçam, hoje, especialmente a vós que passais pela provação intensa da dor, que só o misterioso desígnio da Providência divina pode ajudar-vos a compreender.

A Igreja não pode deixar de sentir no coração o dever da proximidade e da participação neste mistério doloroso, que associa tantos homens e mulheres de todos os tempos ao estado de Jesus Cristo durante a sua Paixão. Quando o mal bate às portas de um ser humano, ela convida sempre cada qual a reconhecer na própria existência o reflexo de Cristo, o «Homem das Dores». À vista do seu Senhor («estive doente - diz Jesus - e vieste visitar-Me»), a Igreja redobra os seus cuidados e presença materna junto aos doentes, para que o amor divino neles penetre mais profundamente, frutificando em sentimentos de filial confiança e abandono nas mãos do Pai celeste para salvação do mundo.

No plano salvífico de Deus, «o sofrimento, mais do que qualquer outra coisa, torna presentes na história da humanidade as forças da Redenção» (Salvifici doloris, 27). Precisamente como o Senhor Jesus salvou o seu povo, amando-o «até o extremo» (Jo 13,1), «até a morte de cruz» (Fil 2,8), também continua a convidar de algum modo todos os discípulos a sofrerem pelo Reino de Deus. Quando é unido à Paixão redentora de Cristo, o sofrimento humano torna-se um instrumento de maturidade espiritual e uma escola magnífica de amor evangélico.

A vós doentes convido olhar sempre com fé e esperança para o Redentor dos homens. A misericórdia divina saberá acolher vossas preces e súplicas para, se for do agrado do Pai e para o vosso bem, curá-los dos males que vos afligem. Ele, porém, enxugará sempre vossas lágrimas, se souberdes olhar para a sua Cruz e anticipar na esperança a recompensa destes padecimentos. Tende confiança, ele não vos abandona!

Desejo exprimir, também, a todos os que trabalhais no Hospital do Câncer - médicos, enfermeiros, farmacêuticos, amigos voluntários, acompanhantes, sacerdotes, religiosos - o reconhecimento da Igreja pelo exemplo que ofereceis e pela caridade com que desempenhais vosso serviço à sociedade. «Tal serviço é uma via de santificação como a própria doença. No decurso dos séculos, ele foi uma manifestação da caridade de Cristo, que é precisamente a fonte da santidade» (Alocução, 15 de Junho de 1994). Deus vos chama a serdes exímios defensores da vida, em todos os seus instantes e até o seu termo natural. A ciência, que o Criador pôs em vossas mãos, seja sempre instrumento de respeito absoluto da vida humana e da sua sacralidade, como já reconhecia o antigo e sempre atual juramento de Hipócrates.

«Juntamente com Maria, Mãe de Cristo, que estava aos pés da cruz (cf. Jo 19,25), detemo-nos ao lado de todas as cruzes do homem de hoje» (Salvifici doloris, 31), como também hoje desejo fazê-lo ao lado deste Hospital, para declarar abertamente que a Igreja tem necessidade dos doentes e da sua oblação ao Senhor, a fim de obter graças mais abundantes para a humanidade inteira (cf. Alocução, ib.). Com estes auspícios, invoco do Todo-Poderoso os dons da paz e da consolação espiritual para todos os enfermos e para os Dirigentes e funcionários do Instituto Nacional do Câncer, e vos concedo de coração, extensiva aos vossos familiares, uma propiciadora Bênção Apostólica.

Vaticano, 30 de Setembro de 1997

     

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