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18/04/2005

"Azarão", cardeal da Ucrânia é visto como elo entre Ocidente e Oriente

da Folha Online

AP
Lubomyr Husar: cardeal ucraniano, é o líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana
Lubomyr Husar: cardeal ucraniano, é o líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana
Apontado como um dos "azarões" no conclave, o cardeal Lubomyr Husar, 72, tem uma longa barba, é descrito como um pastor carismático e comanda a Igreja Greco-Católica Ucraniana, que adota padrões ortodoxos em seus ritos e liturgia, mas, desde 1595, reconhece o papa como seu líder.

Como papa, ele poderia ser uma "ponte" entre as visões do Ocidente e do Oriente, um símbolo da integração da Igreja Católica, da sua unidade na diversidade. Mas as desvantagens de Husar também são grandes.

Por ser de um país do Leste Europeu, como a Polônia de João Paulo 2º, suas chances são bastante reduzidas, pois a tendência dos cardeais é escolher um papa de outra região, segundo os vaticanistas.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), ele deixou a Ucrânia com sua família e foi viver na Áustria e depois nos EUA, onde estudou na Universidade Católica da América em Washington (DC) e na Universidade de Fordham, uma universidade jesuíta no Bronx, em Nova York, e também ensinou em um seminário.

Husar pode ser considerado um cidadão americano. Possui até passaporte dos EUA. Suas ligações com os EUA são apontadas pelos vaticanistas como um fator que reduz suas chances no conclave, pois a Igreja Católica evita ter o seu comando nas mãos de alguém que sofra alguma influência de uma superpotência econômica, embora os EUA possuam o segundo maior número de cardeais com direito a voto no conclave, depois da Itália.

Husar nasceu na cidade de Lviv (oeste da Ucrânia) no dia 26 de fevereiro de 1933, mas foi ordenado padre em março de 1958 em Connecticut (EUA). Em 1969, ele viveu em Roma, onde passou três anos fazendo doutorado em teologia, foi consagrado bispo em abril de 1977, virou arcebispo maior de Lviv em janeiro de 2001 e proclamado cardeal em fevereiro de 2001 por João Paulo 2º.

"O cardeal Lubomyr Husar é pastoral, perspicaz, generoso e, acima de tudo, um homem profundamente humilde e santo", descreveu o jornalista americano John L. Allen Jr., correspondente no Vaticano da revista "National Catholic Reporter" e autor do livro "Conclave" (Record).

Quando o jornalista americano o entrevistou e disse que ele seria incluído como candidato a papa, o cardeal sorriu e brincou: "Tenha pena deste velho homem."

O cardeal ucraniano é tido como um defensor da independência das igrejas locais. A Ucrânia segue a religião ortodoxa, com minorias católica e judaica. Estima-se que, no país, existam cerca de 5,5 milhões de católicos, em meio a uma população de mais de 47 milhões de habitantes.

Em junho de 2001, João Paulo 2º visitou o país, beatificou mártires mortos pelos soviéticos ou nazistas e e disse que católicos e ortodoxos devem buscar o perdão por ofensas das duas partes desde o Cisma de 1054, que dividiu os cristãos.

Perseguidos pelo ditador soviético Josef Stálin, na década de 40, os católicos tentaram, apoiados pelo papa, recuperar os bens de que foram despojados na era soviética. No regime comunista (oficialmente ateu), as autoridades prenderam padres e bispos, fecharam seminários e entregaram à força igrejas para os ortodoxos russos. Após o fim da repressão, em 1991, os católicos recuperaram suas igrejas, às vezes causando disputas violentas.

O Cisma de 1054 marca a separação entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, devido a divergências, como a submissão a Roma. A liturgia ortodoxa é mais longa, normalmente na língua do país, e recorre a mais ritos.

     

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