10/03/2006
Entenda a crise na PUC-SP
da Folha Online
Um déficit mensal de R$ 4,3 milhões e uma dívida de R$ 82 milhões com bancos levaram a PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo à crise que resultou em demissões e protestos.
A maior conseqüência veio no início deste de 2006, quando dom Cláudio Hummes, cardeal de São Paulo, mudou a estrutura da Fundação São Paulo, mantenedora da universidade. Depois da mudança, a igreja passou a ter maior controle sobre a instituição.
As listas de demissões começaram na mesma época. A primeira, elaborada pela reitoria da universidade, tinha 261 nomes, mas não foi suficiente para eliminar o déficit mensal da PUC, exigência dos credores.
Outros 261 nomes foram escolhidos, desta vez pelos representantes da arquidiocese na Fundação São Paulo. A reitoria conseguiu reverter 25 demissões, totalizando 447 professores, 30% do total.
Redução
Depois da série de demissões, os professores que agora forem contratados na PUC-SP deverão receber um salário até 56% menor do que antes da crise financeira. Cerca de 70 pessoas deverão ser admitidas nas próximas semanas já com essa nova faixa salarial.
A redução ocorrerá nos dois anos iniciais do professor na universidade, período chamado de probatório. Antes, quem estivesse na "fase de teste" já recebia como um profissional do quadro fixo. Exemplo: um assistente-doutor tem salário de R$ 7.300; com a mudança, quem estiver nessa função, mas na fase probatória, receberá R$ 3.200.
Após o período probatório, se o docente for bem avaliado e houver vaga, ele entrará no quadro permanente e terá os mesmos benefícios e salários que os demais.
Com Folha de S.Paulo
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