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29/01/2006

Armadilhas e ilusões: Empenho e paciência afastam frustrações

Disposição para mudar e dedicação ao estudo ajudam a colher frutos do curso

BRUNO LIMA
da Folha de S.Paulo

Leonardo Wen/Folha Imagem
Diferenciar o sonho que estimula a crescer da expectativa fadada a criar frustração é o principal desafio de quem quer progredir na carreira tendo como ponto de partida uma pós-graduação.

Benefícios como aumento de salário, promoção de cargo e novos desafios profissionais podem vir de mestrado, doutorado, MBA ou especialização, desde que o curso seja escolhido adequadamente e bem-feito.

"É sempre um investimento de grande porte. E não é só de dinheiro, é de tempo, sacrificando família e trabalho. Para ter um retorno à altura, o aluno precisa saber de que maneira quer viver no futuro. Tem de buscar um curso que vá produzir aquele futuro, que o leve ao que ele quer", ensina a professora de planejamento estratégico Flávia Flamínio, diretora de operações da pós-graduação da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

Um erro comum entre os pós-graduandos, segundo os especialistas, é traçar planos somente para a empresa em que trabalham.

O progresso possível com o curso pode ser maior do que o permitido no atual emprego e, nesse caso, tentar persegui-lo na mesma empresa é desilusão na certa.

Em uma pequena empresa, por exemplo, um funcionário não vai galgar muitas posições, a não ser que se revele atrativo como sócio.

O mesmo acontece com a região geográfica: pensar apenas na sua cidade ou no seu Estado é pouco. O engano, segundo a Capes, é comum. No ano passado, a entidade lançou um plano de absorção temporária de jovens doutores (que estão concentrados sobretudo no Sudeste) em diferentes regiões do país. Esperava 2.000 candidatos --só apareceram 700.

Pensar que basta freqüentar o curso e sair com o diploma para mudar de vida é outra ilusão que, embora pareça problema de ensino fundamental, também ocorre bastante na pós-graduação, de acordo com os professores.

"O mais importante é entender que o sucesso e as mudanças não dependem da pós-graduação, e sim do próprio profissional. O sentido do curso é se qualificar para estar apto a aproveitar as oportunidades que vão surgir", explica o professor Irineu Gianesi, diretor de programas executivos do Ibmec São Paulo.

Contatos imediatos

Uma das armadilhas mais citadas pelos consultores de recursos humanos ouvidos pela Folha é esquecer-se de fazer contatos durante o curso. Sim, é o bom e velho "networking", que serve para trocar experiências, encontrar emprego e até para perceber se você é um peixe fora d’água.

Para quem deseja seguir carreira acadêmica, planejamento e contatos na universidade devem começar durante o curso superior para evitar as decepções.

"Quem faz iniciação científica durante a graduação não corre o risco de ter ilusões. Aconselho o jovem a procurar o professor de sua disciplina preferida e insistir até conseguir uma vaga de iniciação científica. Assim, fará parte do grupo de pós, conhecerá a realidade dos programas e aumentará suas chances de obter uma bolsa no futuro", sugere Jorge Guimarães, presidente da Capes.

ANTES

Formado em engenharia naval, Maurício Cintra Penteado (foto), 43, sempre trabalhou com veículos. Já tinha uma pós "lato sensu" em administração e tecnologia automotiva quando, em 2003, decidiu fazer um mestrado profissional em engenharia automotiva. "Esperava ser alocado numa área de engenharia avançada [da montadora em que trabalhava], um aumento de salário ou de posição", conta. Ele estudou o programa brasileiro de biodiesel e pretendia desenvolver pesquisas com combustíveis alternativos dentro da própria companhia.

DEPOIS

O engenheiro defendeu sua dissertação em setembro do ano passado. Pouco antes disso, no entanto, foi desligado da montadora. "Há sempre uma expectativa de que a pós traga benefícios para você mesmo e para a empresa. Fiquei meio frustrado, não recebi a valorização que esperava obter", diz. Ele ainda não conseguiu outra colocação. "Existe sempre um risco. É difícil não desanimar, não se deixar abater. Mas estou convencido de que, mesmo sem o retorno imediato, a qualificação vai me trazer benefícios no futuro", ressalta.


     

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