14/05/2006
Folha lança novo projeto gráfico
da
Folha de S.Paulo
A
Folha lança no próximo domingo um novo projeto visual. As mudanças em todo o jornal vão torná-lo ainda mais completo, vibrante e agradável de ler. Recursos gráficos e uma nova organização das reportagens facilitarão a leitura para quem precisa percorrer rapidamente os cadernos. Para aqueles que desejam dedicar mais tempo às notícias, o jornal terá reportagens, artigos e novos instrumentos editoriais que ajudam a aprofundar e contextualizar os fatos. A idéia é que tanto o leitor que tem apenas 5 minutos para ler o jornal quanto o que tem 50 minutos fiquem satisfeitos com a nova
Folha.
O projeto que estréia no próximo domingo enfatiza a independência e a criatividade da
Folha, que está sempre em busca de mudanças que possam enriquecer o seu jornalismo, como ter sido o primeiro no país a ter um ombudsman.
"A
Folha tem feito reformas gráficas mais ou menos a cada seis anos. Mudar é uma espécie de tradição do jornal. A cada mudança o jornal se renova e se projeta para o futuro. A intenção é surpreender o leitor, sem causar estranhamento", diz Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha. O novo jornal responde às necessidades atuais do leitor, nesta época em que o tempo livre se tornou uma preciosidade, enquanto a informação contínua e aprofundada passou a ser uma das chaves do progresso individual e coletivo.
"Sabemos que nossos leitores buscam na
Folha um instrumento para entender o mundo, tomar decisões e fazer história. A reforma gráfica visa facilitar essa leitura do jornal, tornando-a mais prazerosa e dinâmica. As mudanças criam ferramentas para que o leitor possa mergulhar nos temas que mais lhe interessam e, ao mesmo tempo, ter uma visão geral do noticiário", afirma Eleonora de Lucena, editora-executiva do jornal.
As mudanças não foram apenas cosméticas. Elas aperfeiçoam o conteúdo noticioso e acentuam a importância dos fundamentos editoriais da
Folha, que está fazendo 85 anos: independência, apartidarismo, espírito crítico e pluralismo.
Uma equipe de artistas gráficos do próprio jornal, coordenada pelos editores Massimo Gentile e Melchiades Filho, fez as mudanças visuais. O projeto teve consultoria do designer americano de origem cubana Mario García, responsável pelo redesenho dos jornais "The Wall Street Journal" (americano), "Libération" (francês) e "Die Zeit" (alemão), entre outros.
Segundo o editor de Arte, Massimo Gentile, a reforma nasceu de um "trabalho profundo feito com a Redação" e preocupou-se em equilibrar tradição e novidade. "Ela respeita a história visual da Folha", diz.
Os cadernos que costumam servir de porta de entrada para novos leitores receberam atenção especial. "O jovem leitor terá muitos estímulos para mergulhar no noticiário, mesmo o mais árido. A nova
Folha é mais atraente, didática e fácil de navegar", ressalta o editor Melchiades Filho.
Para o designer Mario García, o projeto levou em conta as mudanças nos hábitos de leitura, sobretudo após a expansão da internet. "As pessoas estão cada vez mais seletivas em relação àquilo que vão ler. O objetivo do novo projeto é informar, divertir e surpreender o leitor, fazendo um jornal que ofereça reportagens relevantes, editadas de maneira criativa", afirma.