24/10/2006
Top Feminino: Poder feminino
por FLAVIA GALEMBECK
A recente divulgação da Pnad 2005 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), feita pelo IBGE, confirmou algo já perceptível: o crescimento da participação feminina no mercado de trabalho. Dos 2,5 milhões de postos criados no ano, mais da metade (52%) foram ocupados por mulheres. Esse crescimento começou em 1999 e vem se mantendo desde então. Elas somam 44% da população economicamente ativa (33,1 milhões)
No entanto, a renda delas ainda é menor quando comparada à remuneração de homens na mesma função. Apesar do salário ter crescido mais para elas no ano passado -6,3%, enquanto para os homens esse percentual foi de 3,9%- a Pnad registra que o contracheque delas equivale a 71,3% do dos homens na mesma função. Em 2004, elas recebiam 69,5% do que seus colegas do sexo masculino.
Essa melhora do poder de compra feminino foi responsável por um sorriso no rosto dos administradores de cartão de crédito no balanço de 2005. Elas detêm quase a metade dos cartões do país (33,1 milhões do total de de 66,7 milhões) e, na comparação com 2004, movimentaram 29,8% a mais do que os homens. A média de crescimento do setor no período foi de 27,1%. Dos R$ 127,6 bilhões movimentados em 2005, elas assinaram a fatura em R$ 57,9 bilhões.
O valor médio de compra das mulheres também cresceu 7,1%. Em 2004, era de R$ 76. No ano passado subiu para R$ 81. Proporcionalmente, a população feminina possui mais cartão de crédito do que eles: 41% contra 31%. As mulheres usam mais o cartão de crédito em farmácias, lojas de departamento, perfumarias e para comprar roupas e sapatos. Os homens usam os cartões com mais freqüência em supermercados, restaurantes, hotéis e postos de serviços, segundo pesquisa da Credicard.
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