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Perfil dos candidatos

 

São Paulo (SP)

Ivan Valente

PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) - número 50

Ivan Valente Nome completo: Ivan Valente
Coligação: Alternativa de Esquerda para São Paulo
PSOL / PSTU
Idade: 62 anos *
Sexo: masculino
Natural de: São Paulo (SP)
Estado civil: casado
Grau de instrução declarado: superior completo
Ocupação declarada: professor de ensino médio
Patrimônio declarado: R$ 524.259,23
Situação do CPF na Receita Federal: regular
Limite de gasto na campanha: R$ 500.000,00
Responde a processos na Justiça? não.
Candidato a vice: Carlos Giannazi

Veja a página oficial do candidato |Veja a página do candidato no TSE

Tem mandato atualmente? Qual?

Sim. Deputado federal

Já exerceu mandato executivo? Quais?

Não.

Dez perguntas para o candidato

  1. Segundo o Datafolha, o trânsito é considerado ruim/péssimo por 77% dos entrevistados. Em maio, a cidade registrou congestionamento recorde de 266 km às 19h30. Você pretende manter a restrição à circulação de caminhões na cidade? Vai mudar as regras do rodízio? Acha que a implementação de pedágio urbano pode melhorar o trânsito na capital?

    Sabemos que medidas de curto prazo são importantes, por isso vamos manter as restrições às circulações de caminhões, ampliar os corredores de ônibus. Quanto ao rodízio, uma boa opção é alternar entre placas ímpares e pares. Para acabar com os congestionamentos é preciso desestimular o uso do carro, investindo em transporte público de qualidade. O pedágio não resolve o problema, pois favorece quem pode pagar e isso seria privilegiar os mais ricos, que não deixariam de andar de carro.

  2. Quase metade dos paulistanos reprova o transporte público, segundo o Datafolha. Viagens a bairros do extremo sul da cidade, como Grajaú e Capão Redondo, podem durar até quatro horas. Somente a extensão do metrô é notoriamente insuficiente para o tamanho da cidade. Quais são suas propostas para melhorar o sistema de transporte coletivo?

    É preciso investir em transporte coletivo de massa, no transporte sobre trilhos (metrô e trem). O município não tem recursos suficientes para obras desse porte, é preciso fazer parcerias com o Estado e o governo federal. Além do metrô, investiremos no aumento do número de corredores exclusivos para ônibus, em transportes alternativos, como ciclovias, e também queremos rediscutir o preço das tarifas. Nossa proposta é que a prefeitura possa subsidiar o preço das passagens para que seu custo seja reduzido a cada ano.

  3. É a favor do atual modelo dos CEUs? Que mudanças pretende implementar? Qual sua proposta concreta para resolver o déficit no número de vagas nas creches municipais? Por que tal problema não foi resolvido nestes anos?

    A proposta dos CEUs não é ruim, mas não dá para criar "ilhas" com infra-estrutura e suposta qualidade, enquanto o restante da rede é deixada ao Deus-dará. É preciso convocar pais, alunos, professores e gestores para discutir um projeto pedagógico para essas escolas. Quanto ao aumento no número de vagas nas creches, nossa prioridade será retomar o investimento de 30% do orçamento para educação, destinados a MDE (Manutenção e Desenvolvimento do Ensino), como era antes da gestão da Marta (PT), que baixou para 25%. Esse percentual foi mantido pelas gestões seguintes.

  4. A Folha publicou em maio pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde segundo a qual 43% dos habitantes da região metropolitana de São Paulo saem de suas cidades para ter atendimento médico na capital. O que você pretende fazer para melhorar a saúde na cidade e dar conta da demanda? Acredita que a solução para a saúde pública é dar a administração de unidades de saúde à iniciativa privada, como vem sendo feito com as unidades da AMA (Assistência Médica Ambulatorial) e alguns hospitais?

    É preciso centrar esforços na atenção básica à saúde. A atual gestão dá prioridade para as unidades de pronto atendimento, como as AMAs, mas é preciso integrar os dois serviços. Vamos dar maior transparência às vagas, com regulação das filas de espera para especialistas e internações. Combatemos a terceirização dos serviços de saúde. Sobre as AMAs, é urgente redirecionar os recursos que hoje são repassados às entidades privadas. Essa verba deve ser investida na recomposição das equipes multiprofissionais na rede básica, ambulatórios de especialidade, pronto-socorros e enfermarias.

  5. São Paulo tem um dos maiores déficits habitacionais do país. Qual a solução para esse problema, e quanto tempo é preciso para resolvê-lo? Como conter o avanço das favelas nos centros urbanos?

    A primeira coisa a se fazer é combater a especulação imobiliária. Pretendemos trabalhar pela urbanização das favelas já existentes e fazer a regularização fundiária das áreas. Vamos apropriar o estoque de moradias já existentes ao invés de apenas estimular a produção de moradias nas periferias. Vamos definir critérios legais para verificar o cumprimento da função social da propriedade e levantar a situação de áreas públicas ocupadas legal ou ilegalmente por particulares. Vamos atualizar a planilha de valores de IPTU e implantar a progressividade do IPTU prevista no Estatuto da Cidade.

  6. Qual o principal problema do município e que solução você propõe?

    A má distribuição de renda é o maior problema da cidade de São Paulo. Combater a desigualdade não é algo que se consegue com uma ou outra medida específica, mas por uma política que atravesse todas as políticas públicas. Nossa escolha é governar invertendo prioridades. Um exemplo: enquanto a gestão Kassab gastou R$ 260 milhões para construir a Ponte Estaiada, uma ponte que é vedada ao transporte coletivo, nós usaríamos esse dinheiro para construir casas populares ou mais quilômetros de metrô.

  7. Apóia o aumento do limite de endividamento dos municípios previsto pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), hoje de 120% da receita corrente líquida?

    As limitações previstas na LRF têm como objetivo garantir o pagamento da dívida pública. É preciso rediscutir essa dívida, que onera os cofres municipais em R$ 2,3 bilhões. Eu chamaria de irresponsabilidade continuar a pagar uma dívida contraída de forma ilegal e imoral, sobretudo, na gestão Maluf/Pitta. Defendemos uma "Lei de Responsabilidade Social", que os recursos sejam investidos em prol do povo. Queremos implantar o planejamento participativo, em que todo o orçamento seja posto em discussão e não apenas 3% como era no orçamento participativo

  8. É a favor da aprovação de uma nova CPMF? Por quê?

    Desde sempre, o PSOL foi totalmente contrário à cobrança da CPMF, porque ela incide sobre a movimentação financeira, onerando pobres e ricos com uma mesma alíquota de 0,38%. A CPFM foi criada para salvar da crise o sistema de saúde. Em quase 13 anos, a realidade é que o imposto foi sendo usado de forma permanente e indispensável para o equilíbrio das contas públicas e seus efeitos sobre a eficácia da saúde pública foram irrisórios e nulos.

  9. Concorda com a candidatura de pessoas que respondem a processo na Justiça?

    As pessoas são inocentes até que sejam condenadas. Ninguém pode ser impedido de exercer sua cidadania política porque foi acusado de algo. Imaginem que alguém poderia me processar por qualquer motivo e eu ficaria inelegível. Dentre os condenados, nem todos devem ser impedidos. Não dá para impedir um candidato porque ele foi condenado por ter participado de atos públicos, greves, manifestações e ocupações, ao passo que, alguém que tenha sido condenado por desvio de dinheiro público, esse sim, deve ficar fora da disputa política.

  10. A Guarda Municipal deveria ter poder de polícia?

    Não. Defendemos que a Guarda Civil Metropolitana seja promotora da segurança e da cidadania e que sua atuação seja para prevenir a violência. Queremos reduzir o viés repressivo que vem prevalecendo. É importante que tanto o comando quanto o corpo da GCM tenham esse tipo de formação e possam atuar como agentes comunitários e preventivos.

No arquivo da Folha

  • 18.dez.1994 - A Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou lei proibindo a instalação de tanques subterrâneos de combustível sem proteção anticorrosiva. O deputado Ivan Valente (PT), autor da lei, diz que o Legislativo quer evitar que o combustível vaze dos tanques e se infiltre no lençol freático. Os 6.000 postos de gasolina do Estado têm 30 mil tanques metálicos enterrados no subsolo. Ele foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 1989.
  • 24.jan.1997 - O deputado federal Ivan Valente (PT-SP) conseguiu o número necessário de assinaturas para abrir uma CPI sobre o esquema de venda de concessões de rádios FM, que havia sido revelado pela Folha um mês atrás. "A abertura de uma CPI é fundamental. Só com a quebra do sigilo bancário e telefônico dos envolvidos é que as irregularidades poderão ser comprovadas", afirmou.
  • 1º.mai.1997 - O deputado federal Ivan Valente (PT-SP) deu entrada na Câmara dos Deputados um projeto de lei que caracteriza como "abuso de autoridade" a exposição, por policiais, de suspeitos em programas de televisão. O Ministério Público de São Paulo e a Procuradoria da República haviam anunciado na mesma semana a instauração de inquérito civil público para apurar supostos exageros de programas de TV que acompanham ações da polícia.
  • 9.fev.2003 - O deputado federal Ivan Valente, integrante do grupo mais à esquerda do PT, diz que a proposta de reforma previdenciária apresentada até aqui pelo governo é uma tentativa de agradar ao mercado, interessado nos fundos de Previdência complementar que seriam criados com a instituição de um teto para aposentadorias. Meses depois, ele afirmaria que a mesma proposta "é um verdadeiro saco de maldades contra os servidores".
  • 28.mai.2005 - Acuados pela cúpula petista, que ameaça até com processo de expulsão, os parlamentares do partido que assinaram o pedido de CPI dos Correios, entre eles Ivan Valente, iniciaram um movimento de reação. Eles planejam uma campanha, junto de militantes e simpatizantes do PT, para repelir a pecha de "traidores" e acusar líderes como o presidente do partido, José Genoino, e o ministro da Casa Civil, José Dirceu, de "fazer oposição à história do partido", disse Valente.
  • 27.set.2005 - Ivan Valente (SP), professor de matemática, ex-deputado estadual, e deputado titular desde 2003, ligado à corrente petista Ação Popular Socialista, deixa o PT rumo ao PSOL. "Nossa saída não se deve apenas ao prazo, mas ao esgotamento de um modelo que não realizou mudanças sociais, de uma política de alianças espúrias e à manutenção do controle do Campo Majoritário", disse Valente.

Candidato a vice-prefeito: Carlos Giannazi

Carlos Alberto Giannasi Nome completo: Carlos Alberto Giannasi
Partido: PSOL
Idade: 46 anos *
Sexo:  masculino
Natural de: São Paulo (SP)
Estado civil: casado
Grau de instrução declarado: superior completo
Ocupação declarada: diretor de estabelecimento de ensino
Tem mandato atualmente? Sim
Patrimônio declarado: R$ 240.600,00
Responde a processos na Justiça? não.

Já exerceu mandato executivo? Quais? Quando?

Não.

Fontes: TSE, TRE, arquivo da Folha de S.Paulo e o site www.politicosdobrasil.com.br
* Idade no dia da votação de primeiro turno
** As perguntas foram enviadas aos diretórios municipais dos partidos. Se você ainda não respondeu, entre em contato aqui.

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