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São Paulo (SP)
Vicente Viscome
PT do B (Partido Trabalhista do Brasil) - número 70700
Nome completo: Vicente Benedicto ViscomeColigação: Tostão Contra o Milhão
PTC / PT do B
Idade: 66 anos *
Sexo: masculino
Natural de: São Paulo (SP)
Estado civil: separado judicialmente
Grau de instrução declarado: ensino fundamental incompleto
Ocupação declarada: comerciante
Patrimônio declarado: R$ 20.248.592,56
Tem mandato atualmente?
Não.
Cinco perguntas para o candidato
- Concorda com a candidatura de pessoas que respondem a processo na Justiça?
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- Qual é o principal problema da cidade e que solução você propõe?
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- Como melhorar a produtividade e eficiência da Câmara?
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- Apoiaria um projeto que reduzisse o número de assessores de vereadores (hoje são 18)?
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- Cite dois projetos que você pretende apresentar, se eleito, e explique de onde virão os recursos para implementá-los.
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No arquivo da Folha
- 05.nov.1997 - Por mais de 60 dias, dois repórteres da Folha percorreram diversas regionais, negociaram com fiscais e verificaram que a corrupção é generalizada na cidade. O Ministério Público Estadual promete abrir inquérito para investigar esses casos. Usando gravadores escondidos, os repórteres receberam propostas de fiscais para trabalhar como camelôs, mediante pagamento de propinas que variaram de R$ 10 a R$ 1.000, dependendo do local e do produto vendido. Na maioria das regiões, um intermediário - o camelô-chefe, conhecido como "patrão"- recolhe a propina semanalmente para os fiscais. Eles também decidem sobre a entrada de novos ambulantes e os produtos que eles podem vender. O fiscal apenas estabelece o valor da propina. Quem não contribui tem suas mercadorias apreendidas. Para isso, é utilizado o aparato da administração regional. As administrações regionais são controladas por vereadores da base governista, que indicam pessoas próximas, às vezes parentes, para ocupar cargos de confiança. O vereador, Vicente Viscome (PPB), admite ter conhecimento do esquema de corrupção dos fiscais da Regional da Penha, que controla. Durante uma entrevista, o vereador foi informado de que um camelô havia feito "um acerto" com Tânia de Paula - uma funcionária de Viscome que "está administrando" a "parte política" dele na regional - e não se mostrou surpreso. Viscome confirmou que a funcionária é de sua confiança e garantiu que o "acerto" não iria "dar para trás". Procurada na regional, Tânia chamou um fiscal e pediu que ele arrumasse um ponto para que o repórter trabalhasse como camelô.
- 23.fev.1999 - O fiscal Clóvis Feitosa de Araújo, 54, foi baleado na zona norte de São Paulo, e a polícia investiga se o crime tem ligação com as denúncias que ele havia feito contra a máfia dos fiscais municipais. Feitosa havia sido preso em 25 de janeiro por participação em um esquema de extorsão a comerciantes na região da Administração Regional da Penha. Foi indiciado por concussão (exigir vantagem para deixar de cumprir função pública) e formação de quadrilha. Ele confessou os crimes, mas acabou sendo solto no dia 12 de fevereiro, quando terminou o prazo de sua prisão temporária. Em seu depoimento, Feitosa acusou o ex-administrador regional da Penha Oswaldo Morgado da Cruz de comandar o esquema de corrupção com o conhecimento do vereador Vicente Viscome (PPB), que controla politicamente a regional. A polícia trabalha com duas hipóteses para esclarecer o crime contra Feitosa: tentativa de assalto ou queima de arquivo. No segundo caso, o atirador teria tentado matar Feitosa em represália à confissão e às denúncias feitas pelo fiscal. No último sábado, dois ambulantes que denunciaram a ação da máfia dos fiscais na Regional da Sé foram baleados. No mesmo dia, segundo a polícia, outros dois denunciantes foram ameaçados.
- 01.abr.1999 - O vereador Vicente Viscome, 57, apresentou-se à Polícia Civil. Ele estava foragido havia 22 dias, desde que foi decretada sua prisão temporária. Viscome é apontado como principal beneficiário dos esquemas de extorsão que funcionavam na Administração Regional da Penha, como parte da máfia da propina que age infiltrada na administração paulistana. O vereador ainda não foi acusado formalmente pela polícia, que agora poderá mantê-lo preso por três dias -prorrogáveis por mais sete. Segundo os promotores envolvidos no caso, esta é a primeira vez que um vereador de São Paulo é preso sob suspeita de corrupção. De acordo com o delegado Emerenciano Dini, da Corregedoria da Polícia Civil, Viscome estava em um apartamento na esquina das ruas Siqueira Bueno e Tobias Barreto, no centro de São Paulo. O apartamento foi cercado por policiais da Corregedoria há dois dias e os advogados de Viscome avisados de que seria capturado. Lucia Algarte Jeremias Seyssel, representante do vereador, concordou então em levá-lo à polícia, segundo a versão de Dini.
- 09.abr.1999 - Em sua primeira noite preso em uma delegacia, o vereador Vicente Viscome (expulso do PPB) teve uma vida de preso comum: limpou a cela, não recebeu visitas e comeu de colher em um marmitex. Viscome está na carceragem do 29º DP, na Vila Diva (zona sudeste de São Paulo). Ele foi levado para lá após ter sua prisão preventiva decretada pela Justiça, acusado de concussão e formação de quadrilha. Ele está dividindo uma cela de cerca de 16 m2 com três pessoas: seu assessor Fernando Martins Capitão e o engenheiro Fernando Garcia Lepper, ex-funcionários da Regional de Penha, controlada politicamente por Viscome e o engenheiro Albano Pires, ex-funcionário da Regional de Itaquera, preso por suspeita de corrupção. A cela tem três beliches de alvenaria, sem colchões. Viscome só conseguiu dormir com maior conforto porque sua advogada, Lúcia Seyssel, levou um colchonete para ele. O vereador também não pode ter rádio ou TV na cela. Falar no telefone ou ter celular é proibido. As visitas também são restritas: duas pessoas a cada quarta-feira, apenas parentes de primeiro grau. Apenas os advogados podem vê-lo diariamente. Visita íntima está proibida no momento.
- 29.jun.1999 - Em decisão inédita e histórica, a Câmara Municipal de São Paulo cassou o vereador Vicente Viscome (expulso do PPB). É a primeira vez que um parlamentar paulistano perde o mandato por decisão de seus colegas. Viscome foi considerado culpado nas cinco acusações que foram produzidas pela CPI da máfia da propina Antes mesmo do início da votação, o advogado dele, Ademar Gomes, já admitia a derrota. Com a decisão do plenário, Viscome não pode mais sair da cadeia, já que tinha uma autorização judicial para deixar a prisão e comparecer às sessões da Câmara. Viscome permaneceu sentado e calado durante praticamente todo o tempo. Levantou-se apenas quando foi chamado a se defender na tribuna. Disse que é inocente e que não havia praticado nada que os seus colegas também não tivessem feito. Com olhar cabisbaixo, apenas coçou a barba quando -minutos antes da contagem dos votos- as pessoas que estavam na galeria começaram a cantar "ai, ai, ai, ai. Tá chegando a hora...", em alusão aos seus últimos momentos como vereador.
- 03.mai.2000 - O vereador cassado Vicente Viscome (expulso do PPB) foi condenado pela Justiça a 16 anos e quatro meses de prisão em regime fechado sob acusação de comandar um esquema de corrupção dentro da Administração Regional da Penha (zona leste de São Paulo), órgão que controlou politicamente até o final de 1998. A sentença de 708 páginas, dada pelo juiz Rui Porto Dias, da 8ª Vara Criminal da capital, condena também outros 15 réus envolvidos no esquema - 3 dos quais já estão presos no 77º DP.
- 14.jun.2002 - O ex-vereador Vicente Viscome, preso desde março de 1999, teve sua pena reduzida de 16 para 12 anos de reclusão. A medida abre uma brecha jurídica para que seus advogados peçam o cumprimento do resto da condenação em regime semi-aberto. Cabe recurso da decisão, tomada pelo Tribunal de Justiça. Viscome foi o primeiro vereador cassado na história da Câmara Municipal, em 1999, acusado de integrar a chamada "máfia dos fiscais" e de comandar um esquema de corrupção na Administração Regional da Penha (zona leste), órgão que controlou politicamente até o final de 1998.
- 14.abr.2005 - O ex-vereador de São Paulo Vicente Viscome, preso desde 1999 após ser condenado por participação no esquema de corrupção conhecido como "Máfia dos Fiscais", deverá passar a viver em liberdade condicional. Viscome, que esteve nos últimos meses em um Centro de Progressão Penitenciária de São Miguel Paulista (zona leste de São Paulo), recebeu o benefício do juiz Carlos Alberto Crisóstomo, da Vara das Execuções Criminais da Capital. Vicente Viscome foi absolvido no dia 3 de março deste ano das acusações de ter infringido as regras do regime semi-aberto, em maio do ano passado.
- 14.jul.2007 - A Justiça extinguiu anteontem a pena de prisão do ex-vereador de SP Vicente Viscome, condenado, em 1999, a 16 anos pelo esquema conhecido como máfia dos fiscais.
- 17.ago.2008 - Preso em 1999 por extorsão no esquema de corrupção da máfia dos fiscais, o ex-vereador Vicente Viscome (PT do B) cumpriu quatro anos e meio da pena de 16 anos a que foi condenado. Em 2007, a pena foi extinta. Agora Viscome tenta voltar à Câmara Municipal. Segundo o candidato, ele resolveu denunciar supostas práticas irregulares de seus concorrentes para combater o abuso de poder. Em entrevista à Folha, ele acusou a vereadora Myryan Athie de compra de votos e criticou seus antigos colegas. "São um bando de bandidos", disse. Viscome afirma que não é vingança, mas "revolta" com o ostensivo uso da máquina administrativa nas eleições pelos atuais vereadores. O ex-vereador, que já foi notificado cinco vezes pelo Ministério Público Eleitoral, concorre pela coligação "Tostão contra o Milhão". À Justiça Eleitoral, Viscome declarou patrimônio de R$ 20,2 milhões, cerca de 60% do total dos bens declarados pelos 52 vereadores que tentam a reeleição.
Fontes: TSE, TRE, arquivo da Folha de S.Paulo e o site www.politicosdobrasil.com.br
* Idade no dia da votação de primeiro turno
** As perguntas foram enviadas aos diretórios municipais dos partidos. Se você ainda não respondeu, entre em contato aqui.