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Veja a bibliografia
do escritor
Romances
O ventre (1958)
A Verdade de Cada Dia (1959)
Tijolo de Segurança (1960)
Informação ao Crucificado (1961)
Matéria de Memória (1962)
Antes, o Verão (1964)
Balé Branco (1965)
Pessach: a Travessia (1967)
Pilatos (1973)
Quase Memória (1995)
O Piano e a Orquestra (1996)
A Casa do Poeta Trágico (1997)
Romance sem Palavras (1999)
Crônicas
Da Arte de Falar Mal (1963)
O Ato e o Fato (1965)
Os Anos Mais Antigos do Passado (1998)
O Harém das Bananeiras (1999)
Ensaios biográficos
Chaplin (1965)
Quem Matou Vargas (1972)
JK - Memorial do exílio (1982)
Jornalismo
O Caso Lou (1975)
Nos Passos de João de Deus (1981)
Lagoa (1996)
Cine-romance
A Noite do Massacre (1975)
Contos
Sobre Todas as Coisas (1968)
(2ª edição com o título Babilônia!
Babilônia!, 1978)
Quinze Anos (1965)
Infanto-juvenis (Ediouro)
Uma História de Amor
Rosa, Vegetal de Sangue
O Irmão que tu me Deste
A Gorda
Luciana Saudade
Adaptações (Ediouro)
Crime e Castigo (Dostoievski)
Moby Dick (H. Melville)
Viagem ao Centro da Terra (Julio Verne)
A Ilha Misteriosa (Julio Verne)
Um Capitão de Quinze Anos (Julio Verne)
As Aventuras de Tom Sawyer (Mark Twain)
As Viagens de Tom Sawyer (Mark Twain)
Huckleberry Finn (Mark Twain)
O Diário de Adão e Eva (Mark Twain)
Um Ianque na Corte do Rei Artur (Mark Twain)
Tom Sawyer Detetive (Mark Twain)
O Roubo do Elefante Branco (Mark Twain)
Ben-Hur (Lewis Wallace)
O Capitão Tormenta (Emilio Salgari)
Maravilhas do Ano 2000 (Emilio Salgari)
O Leão de Damasco (Emilio Salgari)
O Livro dos Dragões (Edith Nesbit)
Os Meninos Aquáticos (Charles Kingsley)
O Máscara de Ferro (Alexandre Dumas)
O Grande Meaulne (A. Fournier)
Taras Bulba (Nicolas Gogol)
Ali Babá e os Quarenta Ladrões (Mil e uma noites)
Simbad, o Marujo (Mil e uma noites)
O Califa de Bagdá (Mil e uma noites)
Aladim e a Lâmpada Maravilhosa (Mil e uma noites)
Pinóquio da Silva (Carlos Collodi)
Adaptações
(outras editoras)
O Ateneu (Raul Pompéia)
Editora Scipione
O primo Basilio (Eça de Queiroz)
Editora Scipione
Memórias de um Sargento de Milícias (Manuel
Antônio de Almeida)
Editora Scipione
Com outros autores
Os Sete Pecados Capitais (Guimarães
Rosa, Otto Lara Resende, Lygia Fagundes Telles, José
Condé, Guilherme Figueiredo e Mário Donato)
Editora Civilização Brasileira (1964)
Os
Dez Mandamentos (Jorge Amado, Marques Rebelo, Orígines
Lessa, José Condé, Campos de Carvalho, João
Antônio, Guilherme Figueiredo, Moacir C. Lopes e Helena
Silveira)
Editora Civilização Brasileira (1965)
64 D.C. (Antônio Callado, Marques Rebelo, Stanislaw
Ponte Preta, Hermano Alves)
Editora Tempo Brasileiro (1966)
Contos
(Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Rubem Fonseca,
Sérgio SantAnna Luis Vilela, Otto Lara Resende,
José J. Veiga, Érico Veríssimo, Moacir
Scliar, Samuel Rawet, Leon Eliachar, Elsie Lessa e Adonias
Filho)
Livraria Francisco Alves (1974)
Fonte: ABL
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O
escritor Carlos Heitor Cony, 74, colunista e membro do Conselho
Editorial da Folha, foi eleito no dia 23 de março imortal
_nome dado aos acadêmicos_ da ABL (Academia Brasileira de
Letras). Ele foi escolhido, com 24 votos, para ocupar a vaga da
cadeira 3, que pertencia ao escritor e jornalista Herberto Sales,
morto em agosto de 1999.
O
filólogo (estudioso de idiomas) Leodegário de Azevedo
Filho, 73, o mais forte opositor a Cony na eleição,
teve 12 votos entre os 37 acadêmicos.
Um
dos votos dados na ABL nesta tarde foi nulo. Nem todos os acadêmicos
são obrigados a votar.
A votação aconteceu logo após o tradicional
chá das quintas-feiras, os membros da instituição
se reuniram. Cony era o favorito à vaga.
Disputa
Três
outros candidatos disputaram a eleição. O mais forte
oponente de Cony, no entanto, era o ilólogo Leodegário
de Azevedo Filho.
Antes de saber do resultado, Cony pouco falou sobre as eleições
de hoje e disse não acreditar no favoritismo. Não
sei quantos votos terei e admiro meu concorrente (Azevedo Filho),
que além de seu valor como filólogo, é um homem
extremamente cordial, disse.
Para
o escritor, que no momento prepara uma biografia de José
Lins do Rego, uma eventual derrota não seria nenhuma
fatalidade. A Lusitana continuará rodando,
disse.
Nos últimos anos, Cony ganhou o Prêmio Machado de Assis
(o mais importante da ABL, concedido pelo conjunto de sua obra),
o Jabuti (duas vezes: em 96, por Quase Memória.
e, em 98, por A Casa do Poeta Trágico) e o Nestlé
(em 97, por O Piano e a Orquestra).
Trajetória
Cony nasceu no Rio de Janeiro, em 1926, fez humanidades
e o curso de filosofia no Seminário de São José.
Estreou na literatura ganhando por duas vezes consecutivas o Prêmio
Manuel Antônio de Almeida (em 1957 e 1958) com os romances
A Verdade de Cada Dia e Tijolo de Segurança.
Paralelamente
à carreira de escritor, trabalha na imprensa desde 52, inicialmente
no Jornal do Brasil e, mais tarde, no Correio
da Manhã, onde foi redator, cronista, editorialista
e editor. Atualmente, faz parte do Conselho Editorial da Folha.
Amigo
de Juscelino Kubitschek e de sua família, foi preso seis
vezes entre 1965 e 1972, época da ditadura militar. Algumas
prisões foram rápidas, com dez dias de duração,
e outras mais longas, permanecendo 60 dias no cárcere. A
justificativa é que integrava o grupo da editora Civilização
Brasileira, onde se aglutinou a primeira resistência contra
o regime militar.
O
escritor ficou mais de 20 anos sem publicar uma obra. Dizendo-se
vítima de um boicote patrocinado pelo PCB, Cony, que despontou
como um talento literário nos anos 60, só voltou a
publicar novidades em 95, com Quase Memória.
No
total, Cony tem 13 romances: O Ventre; A Verdade
de Cada Dia; Tijolo de Segurança; Informação
ao Crucificado; Matéria de Memória;
Antes, o Verão; Balé Branco;
Pessach: a Travessia; Pilatos. Em 1995,
depois de 23 anos sem publicar ficção, lançou
Quase Memória, seguindo-se O Piano
e a Orquestra (1996); A Casa do Poeta Trágico,
em 1997 e Romance sem palavras, de 1999.
Escreveu
três ensaios biográficos: Chaplin; Quem
Matou Vargas; JK: Memorial do Exílio. Como
cronista publicou: Da Arte de Falar Mal; Posto
Seis; O Ato e o Fato.
Em
98, lançou uma coletânea de crônicas com o título
Os Anos Mais Antigos do Passado e, recentemente, lançou
mais um livro de crônicas, O Harém das bananeiras.
Tem também um livro de contos publicado: Babilônia!
Babilônia!.
O
Editorial Extemporâneos (México) lançou a tradução
espanhola de Pessach: a Travessia. Em Portugal foi lançada
a edição portuguesa de Informação
ao Crucificado. E a Gallimard (França) lançou
a versão francesa de Quase Memória.
A
produtora Skylight comprou da Companhia das Letras os direitos para
a filmagem deste romance. Anteriormente, teve filmado o romance
Antes, o Verão, com Jardel Filho e Norma Bengell
nos papéis principais.
Em
março de 98, durante o Salão do Livro em Paris, recebeu
do governo francês, no grau de chevalier, a comenda da Ordre
des Arts et des Letres.
No
dia 28 de abril, Cony concorre, mais uma vez, ao Prêmio Jabuti
na categoria romance, por Romance sem Palavras. Antes,
foi o escolhido por duas vezes em 96, pela ficção
Quase Memória e 98, por A Casa do Poeta
Trágico. Ele é um dos favoritos.
Além
disso recebeu o Prêmio Machado de Assis (o mais importante
da Academia Brasileira de Letras devido ao conjunto de sua obra)
e o Nestlé (em 97, por O Piano e a Orquestra).
Com
uma frase, Cony pode descrever sua relação com as
palavras: Sou profundamente melancólico. Se não
fosse a literatura, já tinha metido uma bala na cabeça.
Colaborou
André Tarchiani Savazoni, repórter da Folha
Online
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