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Ansiedade de pais atrapalha crianças

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Cobrança renova ensino público


 
Ansiedade de pais atrapalha crianças

Família deve evitar cobranças
exageradas e acúmulo de atividades


Adriana Zehbrauskas/Folha Imagem
Criança brinca com jabuti na Escola Viva, que tem espaço para convívio com animais
GUILHERME WERNECK
DA REPORTAGEM LOCAL


O grau de ansiedade dos pais deve ser o primeiro fator a ser avaliado na hora de escolher a pré-escola dos filhos.

Para o pesquisador em educação infantil da Fundação Carlos Chagas e coordenador do mestrado em educação da Universidade São Francisco, Moysés Kuhlmann Jr., os pais têm de saber dosar suas expectativas e avaliar os reais benefícios da primeira educação.

“É normal que, hoje, com a crise do emprego e todas as questões ligadas ao trabalho, os pais fiquem ansiosos para que os filhos tenham um rendimento alto e queiram antecipar certas aprendizagens. Isso pode levá-los a matricular seus filhos em escolas que priorizem apenas o conteúdo e a preencher o tempo das crianças com uma série de atividades extracurriculares, o que pode as levar ao estresse”, diz.

Para ele, a escola ideal é aquela que balanceia conteúdo e faz-de-conta, horas em salas de aula com brincadeiras feitas ao ar livre.

“No primeiro contato com a escola é preciso que a criança esteja tranquila para desenvolver sua criatividade, sem desprezar os conteúdos, e que ela seja estimulada a conhecer o mais amplamente possível os diferentes aspectos do mundo em que vive”, afirma.

O estímulo à criança para que ela se desenvolva em sintonia com o mundo e tenha sua individualidade respeitada foram dois conceitos defendidos por oito pedagogos de pré-escolas procuradas pela Folha.

Alfa, Bacuri, Bem-Me-Quer, Carlitos, Cecei (Centro de Estudos e Educação Infantil), Escola da Vila, Escola Viva e Vera Cruz têm projetos pedagógicos distintos, mas no geral apresentam preocupação em levar atividades extras (como inglês, computação ou música) para dentro da sala de aula, destinam tempo à brincadeira e fazem com que o primeiro contato com a escrita se dê logo que a criança entra na escola. Também afirmam valorizar o contato com os pais, que podem propor temas para aulas.

Colaborou Maria Brant,
da Redação


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