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HISTÓRIA
Surgida na península Arábica, a religião ultrapassou as fronteiras
da região e hoje os países de maior população muçulmana estão na Ásia
Islamismo viveu 800 anos de expansão
DA REDAÇÃO
Surgido no século 7º, como a última das religiões
monoteístas, o islamismo viveu um período de
expansão que durou 800 anos, ultrapassando as fronteiras da península Arábica. Atualmente, os
maiores países muçulmanos não
são árabes: Indonésia, Paquistão e
Bangladesh, todos na Ásia.
Vários fatores contribuíram para essa propagação rápida, entre
eles as disputas que levaram o
fundador da religião, o profeta
Muhammad, a ser expulso de Meca, na época o principal entreposto comercial da Arábia Saudita e
centro de peregrinação devido a
seu santuário, a Caaba -hoje o
local mais sagrado do islamismo.
Refugiado na cidade de Medina,
Muhammad organizou seus seguidores num exército que, no
ano de sua morte, 632, já dominava a maior parte da península
Arábica. Os califas que o sucederam continuaram a conquista,
aproveitando-se do enfraquecimento, a oeste, do Império Romano, e, a leste, do Império Persa.
No ano 711, os chefes muçulmanos atravessaram o estreito de Gibraltar e dominaram boa parte da
Espanha. No Oriente, ao lado da
atuação de guerreiros e missionários, a atividade de comerciantes
muçulmanos ajudou a propagar o
islã na Índia e até as regiões das
atuais Indonésia e Malásia.
Depois dos embates das Cruzadas, o segundo choque dos muçulmanos com a Europa veio com
a expansão colonial sobre a África, a Ásia e o Oriente Médio. A
força militar, econômica e cultural das potências européias lançou os países de maioria islâmica
numa onda de choque.
Hoje, é em relação ao Ocidente
que se definem muitos governos e
movimentos islâmicos. Recentemente, o ensaísta de origem palestina Edward Said, professor da
Universidade de Columbia
(EUA), fez uma crítica dura das
nações árabes, berço do islamismo: "Há uma ausência de democracia. A cultura está regredindo
para uma espécie de nacionalismo passadista ou fundamentalismo religioso. Diria que somos o
único grupo importante que não
passamos nos últimos anos por
uma renovação."
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